Melissa Lopes

A cronologia da queda de um Almeida e a ascenção de outro na liderança da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde à boleia das incompatibilidades de Gandra D’Almeida. Luís Montenegro segura a ministra, PS e PSD atiram culpas entre si.

Ana Povo, secretária de Estado da Saúde, disse que a questão se coloca em dois patamares. “Do ponto de vista político, o Parlamento fará naturalmente e correspondentemente o seu escrutínio”, afirmou.

Mariana Mortágua suscitou uma questão de ordem prática em relação ao agora ex-CEO do SNS. “Como é que um diretor regional do INEM tem tempo para ser tarefeiro em Faro, Portimão, em Gaia, Abrantes e em Matosinhos?”

Socialistas enumeram 18 decisões “erradas e incompetentes” tomadas pelo atual Governo na área da saúde e dizem que “trapalhadas protagonizadas pela ministra têm quebrado a confiança dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde”. Mas foi a direção executiva do SNS o principal tema do debate de urgência pedido pelo PS.

Ministro da Presidência considera que 15 mil euros para o cargo de secretário-geral do Governo é um salário elevado quando comparado com quem ganha o salário mínimo. “Mas também temos de comparar com o ganho para os contribuintes”, defendeu, considerando a função “um dos principais cargos na administração pública”.

Ministro da Presidência afirma que o “país deve refletir sobre a coerência dos seis regimes atuais de vencimentos e limites de vencimentos na administração pública”.