Apesar de não trazer novidades, o Relatório Draghi serve para alertar que, tal como no clima, estamos quase a atingir a irreversibilidade da Europa se tornar dispensável.
O cenário otimista nos EUA contrasta com o desânimo europeu. Os políticos europeus ainda estão à espera de milagres e ajudas externas, teimam em não reconhecer a mudança nas prioridades da população.
O maior protecionismo da economia americana, a continuação da desglobalização e o regresso das tarifas trazem incerteza, mas nos mercados financeiros trazem beneficiados.
Nos últimos anos, a legislação evoluiu por forma a responsabilizar ainda mais o investidor, mas caiu no paternalismo, não incentivando qualquer tipo de risco. Ao mesmo tempo, somos bombardeados com anúncios do jogo online…
A fusão entre entidades bancárias é um dos pressupostos desta União, cria enormes sinergias e devia ser fomentada, mas isso não acontece. A Europa é protecionista de uma forma invisível.
A Alemanha, até há alguns anos um exemplo de solidez financeira, tem demonstrado sucessivamente a incapacidade para detetar erros na gestão de empresas, que afetam toda a economia.