A economia chinesa está num ponto crítico, com a produção industrial, vendas a retalho e investimento a abrandarem substancialmente, e o desemprego jovem a ultrapassar os 20%.
Percebe-se a preocupação da Fitch, pois nem o crescimento económico está a diminuir o défice orçamental. Ou seja, o crescimento dos EUA está suportado em estímulos fiscais financiados por dívida.
Receio que os banqueiros centrais não tenham em consideração a disparidade dos diversos sectores da economia e, ao olharem para os valores agregados, estejam a perder a noção do que é a classe média e a base da democracia.
Não é inocente a alteração do discurso do BCE e da FED, que depois de anos a propagarem a mensagem da inflação temporária, vêm agora referir que a inflação é mais permanente.
O sistema político não conseguiu reformular o sistema financeiro quando era possível, seja pelo lobby da indústria, seja por outros fatores. É necessário pensar em soluções fora da caixa e com urgência.
Cabe aos portugueses procurarem alternativas, e cabe aos políticos evitar a demagogia, como se a remuneração de qualquer dívida emitida pelo Estado não fosse paga pelos impostos.