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Automóveis elétricos poupam 30 a 40 euros face a carros a gasolina na mesma distância

A Selectra analisou o Tesla Model 3 e o Nissan Leaf e+, dois veículos elétricos mais comercializados em Portugal, percebendo o seu nível de poupança em comparação com um automóvel a gasolina. Foi analisado o gasto de combustível, a mesma distância percorrida e o custo do carregamento.
4 Agosto 2021, 10h12

O cenário antes de ir de férias já pode estar traçado: baterias a 100%, malas na bagageira e dedo no cruise control para não exceder a velocidade permitida por lei. Para quem tem um carro elétrico, a bateria do automóvel também tem de se encontrar a 100%, com os planos de viagem já traçados consoante o consumo previsto de energia.

A Selectra, consultora de comparação de tarifas de luz e gás, realizou as contas de quando custa abastecer um carro elétrico e um veículo tradicional movido a gasolina, dando ainda opções de carregamento durante a viagem para que a mesma decorra de forma suave e ainda tenha tempo para o ‘esticar de pernas’.

A empresa comparou o custo de carregamento de dois modelos elétricos mais vendidos em Portugal, o Tesla Model 3 e o Nissan Leaf e+, veículos completamente distintos nas características que apresentam. A Selectra relembra ainda que o custo varia consoante as características dos automóveis, a tarifa energética contratada e a altura do dia em que se abastece, comparando sempre com um carro a gasolina.

O Tesla tem uma autonomia de 440 quilómetros de distância e a bateria é de 50kWh. Carregando o veículo antes de sair de casa, e com as tarifas aplicadas atualmente, existem três opções. A tarifa de energia simples implica um custo de 8,92 euros, enquanto a tarifa bi-horária nas horas do vazio (22 horas às 8 horas) revela um custo de 5,68 euros, mas em horas de ponta aumenta para 11,29 euros.

Num carro a gasolina, percorrer 440 quilómetros implica um gasto de 45 euros de combustível. Neste caso, a diferença pode chegar aos 40 euros, contando que o proprietário de um veículo elétrico opte pelo carregamento nas horas do vazio, ou seja, antes da noite da viagem.

No caso do Nissan Leaf e+, cuja autonomia é de 380 quilómetros e está equipado com uma bateria de 40kWh de capacidade, o carregamento nas horas do vazio leva a um custo de 4,55 euros, enquanto a tarifa simples debita 7,12 euros. O carregamento nas horas de ponta continua a ser o mais caro, custando 9,03 euros.

Num carro a gasolina, e percorrendo os mesmos 380 quilómetros, o gasto médio seria de 39 euros de combustível , o que significa uma poupança de 30 euros para os portugueses com o Nissan Leaf e+ em comparação com um carro movido a gasolina.

No ano passado, Portugal foi considerado o quarto melhor país europeu ao nível da densidade de postos de carga, significando uma boa rede. Entre os diferentes postos de carregamento disponíveis no país destaca-se os postos de carregamento normal (PCN), onde a potência é igual ou inferior a 22kW. Estes postos não têm o hábito de ter custos associados mas caso seja cobrado um valor, este carregamento não ultrapassa os 0,03 euros por minuto.

Os postos de carregamento rápido (PCR) estão localizados em áreas de serviço de autoestradas e têm uma potência sempre superior a 22kW, o que significa que carregar o seu carro demorará em média 30 a 45 minutos. Caso esteja a ficar sem bateria, estes são uma boa opção para um carregamento rápido, onde o custo ronda 0,40 euros por kWh ou 0,16 euros por minuto, sendo que é uma opção mais cara carregando entre 80 a 90% de energia do veículo.

O que posso fazer para aumentar a autonomia do meu elétrico?

É importante priorizar o modo económico. Ainda que este modo limite a potência do veículo, é uma boa opção para poupar energia e chegar confortavelmente ao destino.

Viajar fora da autoestrada economiza o consumo de energia, com o veículo a ser mais eficiente nos gastos, e também poupa o custo das portagens. Ao contrário dos veículos a combustível, a média de consumo de um carro elétrico tende a subir em autoestradas.

A ligação de equipamentos adicionais ao carro prejudicam a sua autonomia. Pode optar por abrir as janelas de modo a refrigerar o automóvel ou ativar o ar condicionado enquanto o carro estiver ligado à corrente elétrica, quando o gasto é reposto automaticamente.

Gerir a bateria do automóvel é um ponto fulcral. Um elétrico não deve estar sempre ligado à tomada nem ficar completamente sem energia. De acordo com a Selectra, o ideal é nunca ter a bateria abaixo dos 20% e evitar carregar durante várias horas. Ao realizar uma gestão controlada da bateria, irá atrasar o desgaste e contribuir para um consumo mais eficiente.

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