Um piloto alegadamente de nacionalidade portuguesa foi capturado na Líbia esta terça-feira, 7 de abril. Segundo o jornal Expresso que cita a agência turca de informação Anadolu, forças militares leais a Khalifa Haftar garantem ter abatido um avião leal ao Governo de Acordo Nacional – reconhecido pela comunidade internacional – nos céus de Tripoli, alegadamente pilotado por um mercenário português.
De acordo com o Jornal de Notícias, que cita a televisão saudita Al Arabiya, o piloto terá sido capturado por engano, mas vai ser libertado imediatamente. “Vamos entregar o piloto português ao seu país imediatamente depois de ser tratado aos seus ferimentos. Nós apreciamos o trabalho dos irmãos europeus na luta contra a imigração ilegal”, lê-se no comunicado.
“Preocupamo-nos com a segurança do piloto português e tratamo-lo como um convidado e não como um prisioneiro. O que aconteceu foi um erro em resultado do estado de guerra em que vivemos e vamos entregá-lo à operação europeia Sophia de imediato”, explica o porta-voz do movimento militar, Ahmed Mismari.
O jornalista ‘freelancer’ Duarte Levy divulgou as imagens no Twitter e garante já ter confirmado que o dito mercenário tem em sua posse documentos portugueses.
O piloto do caça abatido na Líbia pelas forças do Exército Nacional Líbio do general Khalifa Haftar… o homem tem de facto documentos portugueses @Felix_Nuno @Olivees pic.twitter.com/viqT18d7S8
— Duarte Levy (@DuarteLevy) May 7, 2019
Num dos vídeos divulgados, o piloto diz ser Jimmy Reis, de 29 anos. O avião abatido é um caça Mirage, de fabrico francês. O jornal local “The Libyan Address” acrescenta que o piloto foi capturado na zona de Al-Hira area, a sul de Tripoli, capital da Líbia, e mostra imagens dos destroços.
https://twitter.com/LibyanAddressJo/status/1125755747403431936?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1125755747403431936&ref_url=https%3A%2F%2Fexpresso.pt%2Fsociedade%2F2019-05-07-Agencia-turca-avanca-que-mercenario-portugues-foi-capturado-na-Libia
Esta é a segunda ocorrência do género. Em junho de 2016, o português Joe Horta pilotava um outro caça Mirage ao serviço do Governo de União Nacional, quando teve um problema técnico. Acabou por morrer na sequência da queda do avião.
Contactados pelo “Expresso”, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério da Defesa revelaram estar a investigar a situação mas não têm informação a acrescentar.
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