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Baby Boomers sofrem menos de stress no trabalho que a Geração Z e Millennials, diz ManpowerGroup

O ManpowerGroup divulgou o estudo Global Talent Barometer 2025, que avaliou 12 indicadores-chave, distribuídos por 3 índices – Bem-Estar, Satisfação no Trabalho e Confiança –, numa avaliação que demonstra o sentimento atual dos trabalhadores a nível global.
Stressed millennial woman listening claims of angry boss on mistakes in report. Frightened by prospect of dismissal female office worker worried because of serious fail in work. Scandalous, mad client
17 Novembro 2025, 23h44

O ManpowerGroup divulgou o estudo Global Talent Barometer 2025, que avaliou 12 indicadores-chave, distribuídos por 3 índices – Bem-Estar, Satisfação no Trabalho e Confiança –, numa avaliação que demonstra o sentimento atual dos trabalhadores a nível global.

O estudo Talent Barometer 2025 é uma ferramenta que mede o bem-estar e a satisfação profissional dos trabalhadores com base em 12 indicadores-chave, agrupados em três índices: Bem-Estar, Satisfação no Trabalho e Confiança. A pesquisa envolveu 13.771 trabalhadores a nível global, em 19 países.

A empresa de recrutamento diz que a nova realidade laboral, moldada pela transformação digital e pelas exigências do mercado e dos profissionais, tem criado um ambiente de trabalho em constante mudança. No entanto, “as diferentes gerações e géneros reagem de forma diferente, com disparidades a manterem-se de ano para ano.”, refere a Manpower que acrescenta que “neste contexto, é crucial que os empregadores avaliem e compreendam as necessidades das suas equipas, para poderem implementar estratégias mais eficazes para reter o melhor talento”.

Uma das conclusões é que mais de metade dos profissionais da Geração Z sentem elevados níveis de stress diário.

“O mundo do trabalho evolui, mas as diferenças geracionais e as disparidades de género mantêm-se, com as mulheres a apresentarem, em 2025, um Índice de Bem-Estar global de 64%, inferior ao dos homens em 5 pontos percentuais (69%), num cenário que se mantém idêntico ao de 2024. Esta realidade é acentuada pelo stress diário, com apenas 38% das mulheres a reportarem níveis baixos, face a 45% no caso dos homens, e ao equilíbrio vida-trabalho, com os homens a registarem um valor 6 pontos percentuais acima do das mulheres”, refere o ManpowerGroup .

Também as gerações Z (dos 18 aos 27 anos) e Millennials (dos 28 aos 43 anos) registam stress diário, com mais de metade dos profissionais a sentir níveis elevados (56% e 54%, respetivamente), segundo o estudo.

Por outro lado, os Baby Boomers (dos 60 aos 78 anos) continuam a apresentar os valores mais reduzidos de stress, com apenas 35% dos profissionais a assumir níveis elevados diariamente.

Apesar dos desafios, face a 2024 observou-se uma subida de 6 pontos percentuais no alinhamento da Geração Z com os valores e visão da empresa onde trabalham, sendo hoje a geração com o sentimento mais positivo, ultrapassando Millennials e Baby Boomers.

Quanto ao reconhecimento de significado e propósito no seu trabalho, todas as gerações apresentaram valores elevados, verificando-se inclusive um aumento do indicador em 2 pontos percentuais face a 2024. São, ainda assim, os Baby Boomers que se destacam, tanto os homens (88%), como as mulheres (87%).

Paralelamente, e face ao ano anterior, verificou-se também uma evolução positiva, de 4 pontos percentuais, no indicador de equilíbrio vida-trabalho, que se situa, em 2025, nos 69%.

A Geração X (dos 44 aos 59 anos) continua, ainda assim, a apresentar os valores menos otimistas, com 25% destes profissionais a revelarem não conseguir conciliar o trabalho e a vida pessoal, valor que se acentua no caso das mulheres (28%).

Inversamente, quase 3 em cada 4 jovens da Geração Z afirmam sentir esse equilíbrio, apresentando o valor mais elevado, tanto em homens (76%), como em mulheres (69%).

Cerca de metade dos jovens profissionais pretende abandonar o emprego atual

Os profissionais das gerações Z (52%) e Millennial (47%) são os que apresentam maior vontade de sair do emprego atual nos próximos seis meses, indicador que se agravou comparativamente ao ano anterior, em 5 e 7 pontos percentuais, respetivamente, impactando o Índice de Satisfação no Trabalho, que atinge os 60% nestas gerações.

Segundo o ManpowerGroup, as mulheres da Geração Z destacam-se por apresentarem o valor mais baixo no que respeita à satisfação no trabalho atual (41%), registando uma diminuição significativa de 8 pontos percentuais face a 2024.

Também as mulheres da geração Millennial estão mais insatisfeitas no que toca ao seu trabalho atual do que no ano anterior, apresentando uma queda de 7 pontos percentuais.

No que toca à confiança em encontrar um novo emprego, também neste indicador as desigualdades de género são sentidas, com as mulheres a manifestarem menos confiança (57%) que os homens (63%). Ao mesmo tempo, sentem também menos confiança nos seus managers (64%), comparativamente com os homens (69%), uma realidade semelhante à do ano passado.

Em termos geracionais, são os Baby Boomers os que apresentam menor confiança na procura por um novo emprego (49%), com as mulheres desta geração a registar o valor mais baixo, de 45%.

“Por outro lado, quando analisamos a confiança na manutenção do atual emprego, são também os jovens a apresentar o sentimento mais pessimista, com apenas 56% da Geração Z e 59% da Geração Millennial a declarar algum otimismo”, refere o estudo.

Ainda relativamente a este indicador, e segundo a Manpower, é visível uma degradação do sentimento em todas as gerações, face a 2024, com os mais jovens a mostrar a evolução mais acentuada, com uma queda de 7 e 8 pontos percentuais, respetivamente.

Paradoxalmente, a perceção dos trabalhadores inverte-se quando é analisada a confiança em encontrar emprego nos próximos seis meses. Aqui são os Baby Boomers são os que revelam o menor otimismo (49%), enquanto na Geração Z o sentimento de confiança alcança os 68%.

No que toca ao Índice de Confiança o estudo revela que evoluiu face a 2024, mas as disparidades de género agravaram-se, com as mulheres a sentirem-se menos confiantes do que os homens, verificando-se uma diferença de 6 pontos percentuais entre os géneros (73% e 79%, respetivamente).

Este sentimento é acentuado, em especial, nas mulheres Baby Boomers (69%), cujo índice é nove pontos percentuais inferior ao dos homens.

Ao nível da composição deste índice, as oportunidades de desenvolvimento e oportunidades de carreira são dois dos indicadores que revelam a diferença mais considerável entre homens e mulheres, atingindo os 9 e 6 pontos percentuais, respetivamente.

O ManpowerGroup diz que os profissionais da Geração Z são os mais confiantes no que respeita às oportunidades de desenvolvimento (79%) e de carreira (70%).

O sentimento de otimismo quanto às oportunidades de desenvolvimento é transversal a todas as gerações, com o valor mais baixo a observar-se na Geração X, que atinge ainda assim um total de 74% dos profissionais com uma perceção positiva.

Já no que diz respeito às oportunidades de carreira, as gerações X e Baby Boomer apresentam um sentimento mais pessimista, com apenas 56% e 55% dos profissionais, respetivamente, a perspetivarem vias de evolução profissional, valores que descem para 49% e 47%, respetivamente, no caso das mulheres destas gerações.

De um modo geral, os profissionais de todas as gerações apresentam índices elevados de confiança nas suas competências e experiência (89%).

Mais de 3 em cada 4 profissionais considera ter acesso às ferramentas e tecnologia mais recentes disponíveis no setor, com a Geração Z a revelar-se a mais otimista (83%) e os Baby Boomers os menos, mas com um valor ainda positivo de (75%).

 


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