É verdade que Bach e Ravel são as estrelas da 8ª edição do Festival Internacional de Piano de Oeiras (FIPO), mas não serão as únicas a brilhar neste evento anual que tem como palco o Auditório Ruy de Carvalho. Também os intérpretes convidados para esta edição trazem consigo o talento e o prestígio, como Angela Hewitt e Bertrand Chamayou, Teresa da Palma Pereira, Tiffany Poon e Yoav Levanon.
Três dos cinco concertos vão ter peças de Maurice Ravel e um deles vai ser dedicado às Variações Goldberg, interpretadas por Angela Hewitt, consagrada especialista neste compositor, que atua pela primeira no festival, tal como Bertrand Chamayou, diretor do Festival Ravel em Saint-Jean-de-Luz, França.
Chamayou tocará a 13 de julho os três andamentos de Gaspard de la Nuit, de Maurice Ravel, num concerto que pretende celebrar os 150 anos do nascimento do compositor francês. Bertrand Chamayou tem-se distinguido como um dos principais intérpretes do repertório francês e as suas interpretações tem ajudado a novas leituras das obras de Maurice Ravel. No FIPO irá também interpretar peças de Listz, Schumann, Glinka e Balakirev.
O recital de abertura será de Teresa da Palma Pereira, com Mozart, Chopin, Liszt e a inspiração flamenca de Turina e Falla. A multipremiada pianista portuguesa tem-se dedicado, nos últimos anos, a um conjunto de projetos que visam levar a música erudita a novos públicos, realizando vários ciclos de recitais didáticos comentados, como “Comunicar com a música” ou “Clássicos à solta”. Nesse mesmo dia, domingo 29 de junho, o FIPO homenageia o pioneiro Festival de Música do Estoril na pessoa do seu fundador e diretor artístico, Piñero Nagy.
Em julho, na tarde do primeiro domingo, 6 , será vez de Tiffany Poon subir ao palco para tocar Schumann, Debussy e as Valses nobles et sentimentales de Ravel. A jovem pianista nascida em Hong Kong foi aceite pela primeira vez no programa pré-universitário da Juilliard, aos oito anos de idade, onde estudou com Emanuel Ax e o falecido Joseph Kalichstein. Tem esgotado salas de concertos em todo o mundo e ambiciona criar novos públicos para a música clássica, missão que vai pondo em prática junto da sua comunidade no YouTube de 325 mil subscritores.
No domingo seguinte, 20 de julho, Angela Hewitt interpretará as Variações Goldberg de Johann Sebastian Bach, fazendo do Auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide, um dos palcos da digressão internacional com a qual celebra, ao longo de 2025, os 50 anos da sua carreira. Descendente de uma família com tradições musicais, Angela Hewitt começou a estudar piano aos três anos de idade. Pianista de excelência e uma referência maior na obra de Bach, a canadiana deu ao mundo – e aos melómanos – razões para festejar, como o premiado e ambicioso ciclo de gravações de todas as grandes obras para tecla de J. S. Bach (Hyperion Records), que o Sunday Times descreveu como “uma das glórias discográficas da nossa era”.
O último domingo, 27 de julho, Yoav Levanon – que “tem tudo para se se tornar um dos maiores pianistas deste século”, segundo a Diapason Magazine – irá executar o Minueto sobre o nome de Haydn de Maurice Ravel, num último momento de homenagem ao compositor francês. Quatro baladas de Chopin, variações de Rachmaninov sobre um tema de Chopin e peças de Couperin, Schumann e Balakirev irão preencher o seu recital.
Todos os concertos são gratuitos, basta inscrever-se previamente, e têm lugar às 18h00. Consulte aqui o programa em detalhe.
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