Banca castiga PSI em semana de resultados. Seguem-se os dados PMI Industrial

O BCP desvalorizou quase 5% na sexta-feira e o índice PSI contraiu 0,65% para 6.798 pontos. A praça lisboeta contrariou o sentimento maioritariamente positivo que se notou entre as mais importantes praças europeias, num dia em que os ganhos ficaram limitados pela guerra comercial.

O único banco cotado no índice de referência da bolsa de Lisboa ficou-se pelos 0,5366 euros por ação, em função de um decréscimo de 4,89%. O sentimento foi visivelmente negativo a encerrar a semana, apesar da subida de 4,9% nos lucros de 2024, para um valor recorde, na ordem dos 906 milhões de euros. Os números foram divulgados na última quarta-feira.

Seguiram-se quedas de 2,4% para 2,445 euros na REN, assim como 2,21% para 15,04 euros na Semapa e 1,58% para 2,99 euros na Mota-Engil.

Em sentido contrário, o grupo EDP brilhou e recuperou parte das perdas registadas na sessão anterior, com a EDP Renováveis na liderança. A cotação de mercado da energética focada nas energias verdes saltou 3,19%, até aos 8,59 euros, ao mesmo tempo que a casa-mãe avançou 1,57% e alcançou os 3,11 euros. A Sonae seguiu pelo mesmo caminho, ao subir 3,15% para 1,014 euros.

Olhando às principais congéneres europeias, o sentimento geral foi positivo, apesar de ter ficado condicionado pelas tarifas anunciadas na véspera por Donald Trump. De acordo com as declarações do presidente dos Estados Unidos, as importações de produtos produzidos na UE vão passar a estar sujeitas a uma taxa de 25%.

O índice agregado Euro Stoxx 50 recuou 0,09%, apesar das subidas generalizadas nas mais importantes praças europeias. Espanha foi a que mais brilhou, ao ganhar 0,67%, após beneficiar da valorização dos títulos do grupo IAG. Detentor de companhias aéreas como a Iberia e a British Airways, registou um acréscimo de 2,9% nos lucros de 2024, para um valor recorde, na ordem de 2.732 mil milhões de euros.

Seguiram-se subidas de 0,59% no Reino Unido, 0,17% na Alemanha, 0,15% em Itália e 0,11% em França.

Esta quinta-feira, o Eurostat divulga a estimativa da taxa de inflação de fevereiro na zona euro, num dia que será importante para o setor industrial. Isto porque vai ser conhecido o índice do PMI Industrial da zona euro em fevereiro (a par do mesmo indicador referente a Alemanha, França, Itália e Espanha), assim como do Reino Unido e dos EUA, já depois de ter sido divulgado o da China, durante a madrugada.