Os clientes bancários privilegiam serviços universais, o que é oneroso para as instituições financeiras que neles têm de investir e acaba por se repercutir num custo para os consumidores. Por isso, o presidente do Montepio Crédito acredita que, a longo prazo, o mercado tenderá para um equilíbrio e as fintechs terão um modelo de compensação que permita tornar o “modelo global económico sustentável”. Na opinião de Pedro Gouveia Alves, será natural existir uma concentração de esforços e de serviços nas instituições financeiras já existentes, às quais os novos players recorrem. A lógica é a de criação de sinergias e economia de escala, conforme explicou ao Jornal Económico (JE).
“É muito natural que uma fintech, quando se constitui como intermediário de crédito (se estivermos a falar de produtos de crédito) tenha um modelo de compensação pelos serviços prestados, quer do ponto de vista da distribuição daquilo que é o contrato de crédito ao consumidor final – que há de ter uma remuneração – assim como a utilização de serviços que são prestados pelos bancos a estes intermediários”, disse Pedro Gouveia Alves, à margem da quinta de seis conversas mensais promovidas pelo Jornal Económico e pelo Montepio Crédito, no âmbito do ciclo “30’ a 3”.
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