Os dados comerciais estão a prejudicar o mercado de capitais da União Europeia (UE), descartando qualquer reforma radical nas regras de valores mobiliários antes que as estatísticas sejam melhoradas, segundo um alto funcionário da instituição citado pela “Reuters” esta sexta-feira. Os bancos e as bolsas de valores estão em desacordo sobre as mudanças que estão a ser consideradas por Bruxelas nas regras de negociação de ações e títulos da UE, conhecidas como ‘MiFID II’.
As bolsas querem um atraso de 15 minutos na publicação dos preços nos mercados, enquanto os gestores de ativos e reguladores querem a publicação em tempo real.
As bolsas também querem regras mais rígidas para negociar fora das plataformas convencionais, mas os bancos dizem que tais movimentos são “desnecessários” por considerarem que a maioria das negociações acontece nas bolsas. Os bancos dizem que os números revelam um grande volume de negociações a acontecerem fora das bolsas, aumentados por negociações “técnicas” que não têm influência sobre os preços.
“Antes de termos uma visão completa, não vamos tomar decisões excessivamente radicais”, disse Tilman Lueder, responsável de mercados de valores mobiliários do executivo da UE e Comissão Europeia, num evento realizado pelo lobby dos mercados europeus AFME.
As propostas da Comissão para alterar a MiFID II devem ser feitas antes do final do ano, já que a instituição quer aprofundar o mercado de capitais após a saída do Reino Unido do bloco em dezembro passado.
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