O Governo de Itália, que tem como primeira-ministra Giorgia Meloni, disse estar pronto para usar os seus poderes de veto na Oferta Pública de Aquisição (OPA) do UniCredit ao banco italiano BPM, que atingiu os 10 mil milhões de euros. O executivo italiano considera que esta operação vai contra o interesse nacional, como adianta a agência noticiosa Reuters.
A Reuters salienta que esta intenção do UniCredit colocaria em causa os planos que o executivo italiano tem relativamente ao sector bancário. A agência noticiosa sublinhou que o plano passa por se formar um terceiro player forte no sector bancário que envolveria entidades como o Intesa Sanpaolo, UniCredit, BPM, Monte dei Paschi di Siena.
Este plano do executivo italiano, explica a Reuters, está ligado ao refinanciamento da dívida pública do país, com o Governo a ter a visão de que um sector bancário em mãos internas protegeria melhor os interesses nacionais.
Giorgia Meloni considerou, citada pela Reuters, que é “preciso ter cuidado” no sentido de que as poupanças, geridas pela banca, tenham centros de decisão com atividade em Itália. A governante alertou que caso isso não aconteça “as poupanças não serão investidas em Itália”.
A primeira-ministra italiana reforçou que o executivo possui instrumentos que lhe permite intervir caso a operação entre o UniCredit e o BPM “não seja do interesse nacional”.
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