As instituições de crédito portuguesas detinham um montante total de 18,7 mil milhões de euros no âmbito das operações de política monetária de cedência de liquidez do Eurosistema em 2018, menos 15,4% do que no final de 2017, segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira,
Segundo o “Relatório da Implementação da Política Monetária”, “este montante tinha sido obtido junto do Banco de Portugal quase exclusivamente em operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO, na sigla inglesa)”.
A instituição liderada por Carlos Costa explica que “o recurso das instituições portuguesas à facilidade de depósito foi residual”, fixando-se o saldo da cedência líquida também em 18,7 mil milhões de euros.
Portugal acompanhou a tendência da zona euro, na qual o valor detido também diminuiu no mesmo período: passou de 764,5 mil milhões de euros, no final de 2017, para 734,4 mil milhões de euros, no final de 2018.
“A cedência líquida do recurso à facilidade de depósito situava-se em 110,9 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 61,8% relativamente ao ano anterior”, explica.
O BdP realça ainda que no quarto trimestre de 2018, “o montante total de ativos de garantia entregues ao Banco de Portugal para as operações de cedência de liquidez e crédito intradiário do Eurosistema totalizou, em média, 50 mil milhões de euros, um valor idêntico ao registado no último trimestre de 2017”. Já na zona euro, o montante total dos ativos de garantia utilizados pelas contrapartes subiu, em média, a 1560 mil milhões de euros no último trimestre do ano passado.
“O valor dos ativos adquiridos pelo Banco de Portugal nos programas de compras do Eurosistema ascendia a 50,3 mil milhões de euros no final de 2018. Estes programas foram implementados para proporcionar estímulo monetário à economia da área do euro e, desta forma, contribuir para o regresso a taxas de inflação compatíveis com o objetivo de estabilidade de preços”, refere o relatório.
O BdP sublinha o impacto do fim do programa de compra de ativos do BCE. Assim, nos primeiros três trimestres de 2018 foram adquiridos pelo Eurosistema no âmbito do APP, em média, 30 mil milhões de euros de ativos por mês, tendo a partir de outubro, o ritmo mensal das aquisições líquidas de ativos reduziu para 15 mil milhões de euros.
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