O banco central da Líbia, com sede em Tripoli suspendeu todas as operações após o rapto este domingo do seu chefe do departamento de informática, revela a agência “Reuters”. Em comunicado, a entidade assume desconhecer quem está por trás do sequestro de Musaab Muslam.
O banco central da Líbia é o único reconhecido internacionalmente ao nível das receitas petrolíferas do país e que são fundamentais para a economia de uma região divida durante anos entre os dois governos rivais em Tripoli e Benghazi. “O banco rejeita os métodos semelhantes aos da máfia que são praticados por algumas partes fora da lei”, indica o comunicado.
A entidade aponta também que outros funcionários do banco foram ameaçados e, que por isso, as operações vão ficar suspensas até que “estas práticas sejam interrompidas e as autoridades competentes intervenham”.
Richard Norland, embaixador dos EUA na Líbia, afirmou na semana passada que as tentativas de substituir pela força a gestão sénior do banco poderiam resultar na perda de acesso do país aos mercados financeiros internacionais.
“As disputas sobre a distribuição da riqueza da Líbia devem ser resolvidas através de negociações transparentes e inclusivas rumo a um orçamento unificado e baseado no consenso”, afirmou Richard Norland depois de uma reunião com o governador do banco, Sadiq Kabir, na embaixada dos Estados Unidos.
O governo de Unidade Nacional da Líbia, sediado em Tripoli, é dirigido pelo primeiro-ministro interino Abdulhamid al-Dbeibah, que foi eleito através de um processo apoiado pela ONU em 2021. Já o leste da Líbia, onde está sediado o parlamento nacional, está sob o controlo efetivo do comandante militar Khalifa Haftar.
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