O Banco do Japão manteve a taxa de referência inalterada e revelou um plano para abrandar a sua retirada do mercado obrigacionista a partir do próximo ano, sinalizando cautela após o aumento da volatilidade do mercado.
O conselho do banco central japonês, liderado pelo governador Kazuo Ueda, manteve a taxa de referência em 0,5%, no final de uma reunião de dois dias, de acordo com um comunicado divulgado hoje.
O banco central indicou ainda que planeia abrandar o ritmo de redução das compras mensais de títulos de dívida do Estado, a partir do próximo ano fiscal, para reduções trimestrais de 200 mil milhões de ienes (1,15 mil milhões de euros) dos atuais 400 mil milhões de ienes, informou o banco.
Isso reduziria o volume de compras mensais para cerca de 2 biliões de ienes (11,76 mil milhões de euros) em termos gerais no primeiro trimestre de 2027, aproximadamente o mesmo montante que o banco comprou para garantir a liquidez do mercado antes de lançar um programa de flexibilização monetária massiva em 2013.
A abordagem cautelosa do conselho era esperada pela maioria dos observadores do banco central, após a recente volatilidade nas obrigações japonesas se ter espalhado pelos mercados de dívida globais.
Após mais de uma década como o maior comprador de títulos do governo, o banco central precisa calibrar cuidadosamente a sua saída do mercado para evitar assustar os investidores no processo.
Todos os 53 economistas inquiridos pela agência de notícias Bloomberg esperavam que as taxas permanecessem inalteradas na reunião, enquanto dois terços esperavam que o BOJ desacelerasse a redução das compras de títulos.
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