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Banco CTT no topo das instituições mais reclamadas

O Banco CTT é a instituição mais reclamada os depósitos e crédito hipotecário e Caixa Leasing e Factoring lidera nas reclamações do crédito ao consumo. Mas os rankings repetem os nomes dos bancos Deutsche Bank Portugal, Santander, BBVA, Bankinter e Novo Banco entre outros.
10 Abril 2019, 17h21

Foram recebidas 15.254 reclamações de clientes bancários  (15.282 em 2017), numa média de 1.272 por mês, revela o Banco de Portugal no seu relatório de supervisão comportamental de 2018.

Dessas 31,5% são sobre contas de depósitos; 24,8% sobre contratos de crédito ao consumo e 13% sobre contratos de crédito hipotecário.

O Banco de Portugal destaca a redução do prazo de análise das reclamações  (menos 11 dias que em 2017). “Em 2018, o Banco de Portugal demorou, em média, 28 dias a encerrar uma reclamação”, diz o supervisor bancário.

O ranking das reclamações no que toca às contas à ordem continua a ser liderado pelo Banco CTT. Logo seguido do Deutsche Bank sucursal em Portugal, pelo Bankinter Portugal, pela sucursal do BBVA, pelo Santander Totta, pelo Banco BPI, pelo ActivoBank, pelo Novo Banco, pelo português BIC e pelo BiG.

“Refira-se que há outras instituições de crédito que foram objeto de reclamações sobre contas de depósito. No entanto, atendendo a que o número de reclamações recebido por essas instituições foi inferior ao das entidades que figuram no quadro, entendeu-se, por razões de representatividade, não as incluir no quadro”, diz o BdP. Estão nesta situação as seguintes instituições de crédito: ABANCA Corporación Bancaria – Sucursal em Portugal, Banco Atlântico Europa, Banco do Brasil, AG – Sucursal em Portugal, Banco Invest, Banco L. J. Carregosa, Bison Bank, BNI – Banco de Negócios Internacional (Europa), Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Leiria, Caixa Económica Misericórdia de Angra do Heroísmo, Caixa Económica Bancária, e Novo Banco dos Açores.

“Não foi recebida qualquer reclamação relativamente a outras instituições com atividade na área das contas de depósito, como é o caso do Banco BAI Europa, do Banco Finantia, do Banco Português de Gestão, do BNP Paribas, do Caixa – Banco de Investimento, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Bombarral, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Chamusca, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras e do Haitong Bank”, salienta o BdP.

Também nos contratos de crédito à habitação o banco que teve mais reclamações é o Banco CTT. Seguido do Santander Totta, BBVA – sucursal, BIC, Bankinter, Banco Montepio, Deutsche Bank Portugal e Novo Banco.

Já no que toca ao crédito ao consumo a Caixa Leasing e Factoring surge no topo das reclamadas. Segue-se a espanhola Wizink, o Volkswagen Bank GMBH, o Banco CTT, a FCA Capital Portugal, o Deutsche Bank Portugal, a 321 Crédito  (detida agora pelo grupo CTT), Montepio Crédito, BBVA – Financeira de Crédito, Bankinter, Santander Consumer Finance, CEMG (Banco Montepio), RCI Banque – sucursal, BEST, Primus, Novo Banco, ActivoBank, Financiera el Corte Inglês, BBVA sucursal, Cofidis, BIC e Credibom. As instituições identificadas no quadro tiveram, em média, mais do que uma reclamação por
trimestre em 2018.

Para 2018, o supervisor relata o número de reclamações por cada mil contas de depósito à ordem em vigor, por instituição de crédito. Foram consideradas as reclamações entradas no Banco de Portugal sobre este produto, independentemente de, na sua análise, terem sido detetados incumprimentos ou irregularidades por parte das instituições reclamadas.
As instituições identificadas no quadro tiveram, em média, mais do que uma reclamação por trimestre em 2018.

Pela sua preponderância em termos do número de contratos celebrados entre as instituições e os seus clientes, as matérias mais visadas continuaram a ser as contas de depósito, o crédito aos consumidores e o crédito à habitação e hipotecário, que representaram 31,5%, 24,8% e 13,0% das reclamações recebidas, respetivamente, avança o relatório.

As reclamações sobre contas de depósito diminuíram 5,1% relativamente a 2017; a cobrança de comissões ou encargos foi a matéria mais reclamada neste domínio, embora com um menor peso relativo do que no ano anterior.

Em contrapartida, as reclamações sobre o crédito aos consumidores aumentaram 10,1%; neste âmbito, o reporte das responsabilidades de crédito dos clientes foi a matéria que mais reclamações suscitou, adianta o documento.

“Não foram detetados indícios de infração na atuação da instituição de crédito em 56% das reclamações encerradas (62% em 2017); nas restantes 44%, a situação foi sanada pela instituição de crédito, por sua iniciativa ou por imposição do Banco de Portugal”, diz o supervisor.

(atualizada)

 

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