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Banco de Fomento investe 35 milhões em obrigações convertíveis em ações na Efacec

No que respeita ao envolvimento do Grupo Efacec no universo Banco Português de Fomento, as operações de financiamento garantidas pela Norgarante foram extintas, após reembolso integral da dívida por esta garantida. Ficou assim resolvido o problema de excesso de exposição que a Norgarante tinha na Efacec.
1 Novembro 2023, 14h49

O Banco Português de Fomento (BPF) comunicou ao mercado a contratação de uma operação do Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), para investimento na Efacec Power Solutions, em co-investimento com a sociedade de Private Equity Mutares.

O banco promocional prevê um investimento do FdCR na Efacec, no valor de 35 milhões de euros, com um instrumento de quase capital (obrigações convertíveis em ações) a 8 anos, a par de um investimento de capital da Mutares no valor de 15 milhões de euros.

O Fundo de Capitalização e Resiliência é um fundo autónomo, que dispõe de uma dotação até ao montante total de 1.300 milhões.

A operação de investimento do FdCR ocorre “após a efetivação de um conjunto de condições precedentes, entre as quais se destaca a validação prévia das características globais da transação por parte da DGCOMP, a anulação total da dívida financeira da Efacec, a disponibilização de novas linhas de Trade Finance para apoiar negócios futuros e a saída dos anteriores acionistas (ficando a totalidade do capital a ser detida pela Mutares)”, explica o banco liderado por Ana Carvalho.

No que respeita ao envolvimento do Grupo Efacec no universo Banco Português de Fomento, as operações de financiamento garantidas pela Norgarante foram extintas, após reembolso integral da dívida por esta garantida. Ficou assim resolvido o problema de excesso de exposição que a Norgarante tinha na Efacec e que levou o Banco de Portugal a chamar a atenção e pedir uma correção da situação, confirmou o Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes.

“A operação de investimento, realizada pelo FdCR em parceria com a Mutares, foi submetida a um rigoroso processo de avaliação, tendo merecido, depois de uma análise técnica exaustiva sujeita a pareceres das funções de Controlo Interno, apreciação da Comissão de Auditoria do Banco, a aprovação da Comissão Técnica de Investimento do FdCR e a aprovação do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento”, revela o banco.

“A atividade empresarial desenvolvida pelo Grupo Efacec foca-se nos sectores da Energia, Mobilidade e Ambiente e encontra-se subdividida nas seguintes unidades de negócio: Transformadores, Aparelhagem, Automação, Service (operacionalizadas pela Efacec Energia), Energia, Transportes, Ambiente & Indústria (operacionalizadas pela Efacec Engenharia e Sistemas) e Mobilidade elétrica (operacionalizada pela Efacec Electric Mobility)”, lê-se no comunicado do BPF.

O Grupo Efacec atua, portanto, em sectores “fundamentais na transição energética, enquadráveis e prioritários na política de investimento do FdCR”, acrescenta o banco.

Fundada em 2008, a Mutares é uma entidade de Private Equity, cotada na Frankfurt Stock Exchange com capitalização bolsista de 538 milhões de euros e receitas de 4,3 mil milhões de euros, que investe em empresas de pequena e média dimensão, com claro potencial de melhoria operacional. Realizou mais de 80 transações e é reconhecida pelas suas capacidades de recuperação de entidades e mitigação de riscos.

“Apresenta um track record de sucesso, com um Retorno sobre Capital Investido na ordem de 7 a 10 vezes. Conta com uma equipa altamente experiente e com amplo histórico em fusões e aquisições e gestão operacional de empresas”, realça o BPF.

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