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Banco Montepio aumenta 6,7% os lucros do primeiro trimestre para 34,2 milhões

O produto bancário ascendeu a 104,5 milhões de euros (-10,9%) devido à queda de 13,7% da margem financeira.
7 Maio 2025, 09h24

O Banco Montepio alcançou um resultado líquido consolidado de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre, e ao contrário dos seus concorrentes, os lucros subiram 6,7% face ao mesmo período de 2024. O banco reportou uma rendibilidade bruta do capital próprio de 10,6% (+0,5 p.p. desde o início do ano).

No entanto os lucros não resultam do aumento das receitas. O produto bancário ascendeu a 104,5 milhões de euros (-10,9%)  devido à queda de 13,7% da margem financeira a atingir 85,6 milhões e apesar da subida de 8,6% das comissões líquidas que se fixaram em 32,9 milhões.

Os custos operacionais totalizaram 70,8 milhões, traduzindo um aumento anual de 10%.

A reversão de imparidades e outras provisões, em termos líquidos, situou-se em -10,5 milhões e os impostos em 10,0 milhões de euros (caindo 50,8%).

A imparidade de crédito nos primeiros três meses de 2025 registou uma reversão de -12,3 milhões, por comparação à dotação de 1,7 milhões apurada no período homólogo de 2024.

No primeiro trimestre de 2025, a reversão refletiu a melhoria e evolução da qualidade da carteira de crédito, que se traduziu num custo do risco de crédito de -0,4% no primeiro trimestre deste ano face aos 0,1% registados no final de março de 2024.

Com as receitas em queda e os custos operacionais a subirem, o Banco Montepio regista uma degradação da eficiência, com o cost-to-income a subir para 67,7%.

A atividade comercial evoluiu favoravelmente no primeiro trimestre de 2025, com destaque para o aumento do crédito a clientes (bruto) e dos depósitos em 1,3% e 2,0% desde início de janeiro, respetivamente.

No que toca ao crédito a clientes (bruto) verifica-se que aumentou para 12,3 mil milhões de euros, face aos 11,9 mil milhões relevados no final do primeiro trimestre de 2024 (+3,7% num ano), com o crédito performing a aumentar 568 milhões (+4,9%).

O crédito a clientes performing também aumentou em 159 milhões (+1,3%) no primeiro trimestre, para 12.060 milhões, a par de uma redução das exposições não produtivas (NPE) em sete milhões de euros (-2,6%), tendo o rácio de NPE permanecido nos 2,1%.

Os depósitos de clientes atingiram novo máximo histórico de 15.252 milhões, traduzindo um crescimento homólogo de 1.598 milhões de euros (+11,7%), com o segmento de particulares a representar 69% do total.

O banco liderado por Pedro Leitão regista uma melhoria da qualidade da carteira de crédito.  Há uma redução das exposições não produtivas (NPE) em 132 milhões de euros (-34% face ao período homólogo do ano anterior), colocando o rácio NPE em 2,1%, face aos 3,2% registados em 31 de março de 2024.

“O rácio NPE, líquido de imparidades totais para risco de crédito, de 0,4%, comparando com os 0,9% calculados no final de março de 2024”, revela o banco.

A cobertura dos NPE por imparidades específicas de 44,7% (que compara com a média de 41,2% para os Estados-membros da UE no final de dezembro de 2024, conforme os últimos dados disponíveis divulgados pela EBA). Já a cobertura dos NPE por imparidades totais para risco de crédito ascendeu a 80,1% (73,0% no final de março de 2024) e a 120,6% (114,4% em 31 de março de 2024) se considerados os colaterais e as garantias financeiras associados.

O banco revela também uma redução da exposição ao risco imobiliário em 74 milhões de euros (-29%), para um total de 177 milhões representando apenas 0,9% do ativo líquido (1,4% no final de março de 2024) e 11,4% dos fundos próprios (17,0% em 31 de março de 2024).

Os ativos ponderados pelo risco (RWA) aumentaram 14 milhões nos primeiros três meses  do ano, devido ao crescimento da carteira de crédito e “aos impactos da adoção da CRR3, que teve um efeito tendencialmente pouco material ao nível dos rácios de capital”.

Quando olhamos para o capital e liquidez verifica-se um rácio Common Equity Tier 1 (CET1)1 de 16,2% (+0,7 p.p.) e um rácio de capital total de 19,4% (+0,6 p.p.).

Os Fundos Próprios aumentaram 16 milhões nos primeiros três meses de 2025, fixando se nos 1.548 milhões, traduzindo, essencialmente, a evolução positiva dos resultados gerados.

Por sua vez o rácio de instrumentos “bail-ináveis”, MREL, determinado em percentagem do total dos RWA, é de 25,0% (+3,6 p.p.); o rácio de cobertura de liquidez (LCR) é de 188,1%; e o rácio de financiamento estável (NSFR) ascendeu a 141,8%.

(atualizada)

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