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Banco Montepio com lucros de 68,7 milhões de euros no primeiro semestre

O montante atingido no primeiro semestre de 2024 representa um salto de 23,1% em relação ao período homólogo. Banco Montepio diz que este é o melhor resultado semestral de sempre.
2 Agosto 2024, 08h10

O Banco Montepio apresentou lucros de 68,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um montante que a entidade classifica como “um máximo histórico obtido num semestre”.

Indica o banco que o resultado líquido entre janeiro e junho de 2024 “evidencia, em base comparável um aumento de 12,9 milhões de euros (+23,1%) face aos 55,8 milhões de euros” de lucros conseguidos igual período de 2023, no qual exclui “o efeito da consolidação do Finibanco Angola” no primeiro semestre de 2023.

O banco indica que estes resultados assentam “no incremento do produto bancário”, que cresceu 11,1% em termos anuais, e “na redução das imparidades e provisões”, tendo verificado um decréscimo de 11,6% face ao mesmo semestre do ano passado.

À CMVM, o Banco Montepio aponta que os rácios Common Equity Tier 1 e de Capital Total (fully implemented) ascenderam a 16,1% e 19,4%, respetivamente. São “valores nunca antes registados”, sustenta.

A impulsionar o negócio dos primeiros seis meses do ano, o Banco Montepio dá “particular destaque para o aumento dos depósitos de clientes e do crédito líquido em 6,3% e 1,6%” em termos anuais, e também para “a redução das exposições não produtivas em 13,2%, colocando o rácio NPE em 2,8%”. A entidade liderada por Pedro Leitão diz que estes números foram “determinantes para a evolução da rendibilidade e para o reforço da liquidez”. 

Os dados mostram ainda que a margem financeira cresceu 2,2% até aos 198,6 milhões de euros, beneficiando da “evolução favorável do crédito” e do “efeito do repricing dos contratos no contexto da subida das taxas de juro, e dos juros com as aplicações efetuadas em títulos, que permitiram compensar a subida dos juros de recursos de clientes e da tomada de fundos no mercado”.

Os custos operacionais subiram até aos 133,6 milhões de euros até junho de 2024, um valor que compara com os 126,8 milhões registados em igual período de 2023. Sustenta o banco que se traduz então num aumento homólogo de 5,4% “induzido pelas subidas dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações”.

Já o produto bancário evoluiu positivamente para 255,1 milhões de euros, num acréscimo de 11,1%, beneficiando do forte desempenho da margem financeira. Enquanto isso, o crédito a clientes aumentou para 11,9 mil milhões de euros (11,7 mil milhões no fim de 2023), sendo que o crédito performing cresceu 193 milhões de euros.

Também os depósitos de clientes continuaram a subir. Estes aumentaram 14,2 mil milhões de euros, num subida em cadeia de 846 milhões de euros, ou 6,3%, com os particulares a representarem 72% do total.

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