O Banco Montepio revelou esta terça-feira que fixou as condições finais de uma “emissão de títulos representativos de dívida sénior preferencial ao abrigo do seu programa de EMTN (Euro Medium Term Note), elegível para o cumprimento do requisito mínimo de fundos próprios e passivos elegíveis (na sigla inglesa MREL – Minimum Requirement for own funds and Eligible Liabilities)”.
O banco emitiu 200 milhões de euros com um prazo de três anos e um juro do cupão de 10%, nos primeiro dois anos, o que é um dos mais altos do mercado português.
“A emissão, no montante de 200 milhões de euros, terá um prazo de 3 anos, com opção de reembolso antecipado pelo Banco Montepio no final do segundo ano, um preço de emissão de 100% e uma taxa de juro fixa de 10% ao ano durante os primeiros 2 anos”, revela o banco.
“Sendo que no final do segundo ano se a emissão não for reembolsada na data de reembolso opcional, a taxa de juro no terceiro ano será indexada à Euribor a 3 meses adicionada de um spread de 6,234%”, lê-se no comunicado.
A emissão de dívida sénior foi colocada junto de 44 investidores institucionais na sequência de um roadshow, tendo a alocação final incluído investidores dos seguintes países: França (28%), Portugal (25%), Reino Unido (21%), Espanha (13%) e Itália (8%), entre outros, segundo dados divulgados pelo banco no site da CMVM.
O Banco Santander, o Crédit Agricole Corporate and Investment Bank, o J.P. Morgan SE e o NatWest Markets N.V. atuaram como Joint Lead Managers e Joint Bookrunners (coordenadores e colocadores) nesta transação.
“A liquidação terá lugar em 30 de outubro de 2023 e de acordo com as notações atribuídas ao Programa EMTN prevê-se que a emissão receba um rating de B1 / B+ / B (high) pela Moody’s / Fitch / DBRS”, detalha o Banco Montepio.
Esta emissão constitui uma das medidas previstas no plano estratégico definido pelo Banco Montepio para o cumprimento, em janeiro de 2025, dos requisitos regulamentares no âmbito do MREL, “a par do continuado reforço dos rácios de capital através da geração orgânica, da constante melhoria da qualidade dos ativos e da manutenção de um plano de financiamento adequado ao cumprimento desses requisitos”, conclui a instituição.
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