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Banco Montepio paga 8% à Associação Mutualista por emissão de 50 milhões

A partir de janeiro o Banco de Portugal aumentou as exigências de reserva de conservação de fundos próprios e de risco sistémico, exigindo um rácio de capital total de 13,625% à Caixa Económica Montepio Geral.
18 Janeiro 2019, 01h25

O Banco Montepio fez uma emissão de obrigações subordinada de 50 milhões de euros através de um private placement junto do acionista, a Associação Mutualista Montepio Geral.

A ficha técnica da emissão revela que o banco vai pagar 8% ao ano à Associação Mutualista numa emissão que tem maturidade até 27 de dezembro de 2028 (a emissão data de 27 de dezembro de 2018).

A emissão foi decidida pelo Conselho de Administração do banco no passado dia 20 de dezembro.

”Esta operação não implicou o aumento de exposição da Associação Mutualista Montepio Geral dados os vencimentos de outra dívida do banco detida pela Associação”, lê-se na nota enviada esta quinta-feira.

Esta emissão serviu para aumentar os rácios de capital do banco liderado por Carlos Tavares para cumprir as novas exigências de capital regulatório em vigor desde 1 de janeiro, impostos pelo supervisor.

A partir de janeiro o Banco de Portugal aumentou as exigências de reserva de conservação de fundos próprios e de risco sistémico, exigindo um rácio de capital total de 13,625% à Caixa Económica Montepio Geral.

Este rácio exigido pelo regulador compara com o rácio mínimo que era exigido até ao fim de dezembro que era de 12,938%. O banco no terceiro trimestre tinha um rácio de 13,5%. Mas as novas exigências de capital regulatório deixavam o banco com um défice de capital. Por isso o banco recorreu ao acionista para se recapitalizar, mas através da emissão de dívida subordinada (que conta para o rácio de capital) a um juro relativamente elevado.

O banco liderado por Carlos Tavares, desistiu de uma colocação de dívida subordinadas até 250 milhões de euros. Depois de consultar potenciais investidores internacionais, o Conselho de Administração considerou que as condições não era favoráveis à emissão.

“Em função da evolução da atividade o atual Conselho entendeu não ser necessário concretizar a operação, por não ser estritamente necessária”, diz o banco em comunicado.

“No âmbito da consulta regular ao mercado foram estabelecidos contactos com potenciais investidores internacionais, para explorar oportunidades de financiamento, mas dadas as condições de mercado do final do ano passado, optou-se por não levar a cabo qualquer operação”, adianta a nota.

 

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