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Banco Sabadell em Portugal quer superar os 1.000 milhões em crédito e depósitos em 2022

O Sabadell Portugal já faz operações de projet finance, M&A, crédito corporativo, trade finance, e operações de financiamento de tesouraria.
8 Abril 2019, 17h22

Num encontro com jornalistas, o Sabadell, que ao contrário do inicialmente anunciado, não foi representado pelo Presidente Josep Oliu, mas sim por José Nieto gestor responsável pelo Corporate & Investment, veio anunciar os projetos do banco espanhol para a sucursal em Lisboa.

A sucursal do Sabadell em Portugal, liderada por Santiago Tiana, diz que em pouco mais de seis meses de atividade o volume de negócios “superou as expetativas iniciais”.

José Nieto anunciou a meta de superar os 1.000 milhões em crédito, para 2022, sendo 600 milhões em crédito e 400 milhões em recursos de clientes.

“Apesar de termos começado tarde, apenas tivemos um trimestre de atividade em 2018, em abril já temos 400 milhões de euros de volume de negócios, dos quais 256 milhões em credito e 138 milhões de euros em depósitos”, disse Santiago Tiana.

“O Banco Sabadell deu início a este novo projeto em setembro de 2018 e já começou, através da sua rede internacional, a prestar serviços a empresas espanholas com investimentos no país e a sociedades portuguesas. Um acompanhamento que a entidade está a concretizar para que as empresas tomem as melhores decisões económicas tanto em Portugal como em especial nas geografias onde a banca portuguesa não tem tido presença”, refere o banco.

O Sabadell tem este modelo de internacionalização também em Paris e Londres, ou seja, uma sucursal que faz atividade de banca de investimento e banca de empresas.

“Queremos exportar o que temos em Espanha”, disse José Nieto, que afirma que o Sabadell olha para o mercado Ibérico como um mercado global.

Nieto destaca o “compromisso do banco com Portugal” e insiste que a entidade desenvolverá “aquilo em que é número um: a banca de empresas”.

O mercado alvo são 1.200 a 1.300 empresas espanholas que operam cá e as 200 maiores portuguesas, sendo que aqui vão entrar por etapas, começando pelas que faturam mais de 100 milhões de euros.

Que serviços presta o Sabadell em Portugal às empresas? Financiamento estruturado; tesouraria e mercado de capitais e banca corporativa. “Apoiamos clientes no mercado ibérico”, dizem.

A sucursal do Banco Sabadell em Portugal, dirigida por Santiago Tiana, conta com uma equipa de 12 especialistas com experiência no setor bancário português, orientada ao segmento de empresas, à atividade transacional, trade finance, financiamento estruturado, tesouraria, mercado de capitais e Corporate.

O Sabadell em Portugal tem já metade das suas operações com empresas na atividade de project finance (financiamento de infraestruturas). O Sabadell espera poder assessorar os candidatos aos leilões de energia, que serão lançados em junho.

Mas também o trade finance para empresas exportadoras, com o que contam com uma rede de correspondentes de 3.000 instituições no mundo todo.

A atividade de M&A (assessoria de fusões e aquisições) está também nos planos da sucursal, tendo já neste momento alguns mandatos para operações cross-border, nomeadamente envolvendo aquisições em França, Espanha e México.

O Sabadell quer também financiar projetos imobiliários associados a um plano de negócios no âmbito do project finance. Como os setores de construção de residências de terceira-idade;  centros de saúde; centros comerciais; hotéis; escritórios;  projetos energéticos; parques de estacionamento; residências universitárias.

José Nieto garantiu que estão em Portugal numa perspetiva de longo prazo. “Oferecer serviços bancários que permitam ao Banco Sabadell estar comprometido a longo prazo com empresas espanholas que estão a desenvolver negócios ou a investir em Portugal e ajudar as empresas portuguesas a tomarem as melhores decisões económicas, tanto no seu país como em novos mercados onde a banca portuguesa não está presente ao dia de hoje”, disse o gestor espanhol.

Recorde-se que o Sabadell foi durante anos um acionista de referência do BCP,  tendo depois vendido as ações, no fim de 2016.

(atualizada)

 

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