O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento económico mundial, e de uma grande parte dos países. Cortou a previsão de crescimento de Portugal para 1,7% em 2019, no entanto prevêem que a taxa de desemprego continua a diminuir este ano e em 2020. O FMI está relativamente pessimista quanto à evolução económica mundial, chegando mesmo a pedir aos governos para estarem preparados para a próxima crise. A dívida pública portuguesa deve baixar para próximos dos 100% do PIB nominal apenas em 2024. O FMI vê maiores riscos para a estabilidade financeira mundial, devido ao abrandamento registado no final de 2018, à guerra comercial entre os EUA e a China e às incertezas políticas em vários países, e reviu em 0.2 pontos percentuais o crescimento da economia mundial, dos 3.5% previstos em janeiro para 3.3%.
O Estado português financiou-se em 600 milhões de euros a 10 anos a uma taxa de 1.143%, ao nível mais baixo de sempre. As rentabilidades das obrigações do tesouro a 10 anos caem há seis sessões consecutivas e registaram novos mínimos históricos, a beneficiar da decisão da agência de notação DBRS, que elevou a perspectiva da dívida de longo prazo do Estado português de estável para positiva, e das palavras apaziguadores de Mario Draghi. Na quarta-feira o presidente do Banco Central Europeu (BCE), manteve um discurso dovish iniciado na reunião anterior, vincando que a zona euro enfrenta vários riscos que poderão penalizar a economia, porém não apresentou detalhes quanto ao terceiro programa de compra de obrigações aos bancos, o TLTRO III .
Inicia-se hoje o calendário dos resultados referentes ao primeiro trimestre de 2019 nos EUA, com destaque para apresentação dos resultados do setor bancário, nomeadamente a JPMorgan Chase & Co e o Wells Fargo & Co. É esperado em alguns sectores um abrandamento dos lucros por acção (Earnings Per Share – EPS) e mesmo contração em termos globais, estimando-se uma queda de 7.2% nos EUA, o que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2016.
Os bancos centrais continuam a suportar as economias. Os níveis baixos da inflação permitem que as políticas monetárias expansionista continuem numa espiral inflacionista, perante um cenário de desinflação e mesmo deflação do Índice de Preços no Consumidor (IPC). Alimentam os mercados financeiros, dando sustentação e impulso às ações e obrigações, e ao aos preços do imobiliário, e justificando, provavelmente, o paradoxo de uma política monetária facilitadora sem subida da inflação dos preços dos bens e serviços. O IPC foi em fevereiro de 1.5% nos EUA, na China e na Zona Euro, e de 0.2% no Japão, de 1.8% no Reino Unido, e de 0.6% na Suíça. Quanto à novela, que deveria ter o desfecho esta semana, a União Europeia e Reino Unido acordaram, esta quinta-feira, uma nova data limite para o Brexit, com os 27 a concederem ao governo de Theresa May um adiamento até 31 de outubro, na expectativa de que seja encontrado um entendimento, durante este período, benéfico para todos.
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