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Bancos da Venezuela deverão abandonar Maestro, Visa e Mastercard antes de 2020 

O Banco Central da Venezuela e a Superintendência das Instituições do Setor Bancário emitiram uma resolução conjunta que ordena aos bancos a criação de uma rede doméstica de processamento de transações, avançou a imprensa local.
21 Maio 2019, 07h51

O Banco Central da Venezuela e a Superintendência das Instituições do Setor Bancário emitiram uma resolução conjunta que ordena aos bancos a criação de uma rede doméstica de processamento de transações, avançou segunda-feira a imprensa local.

Segundo os meios de comunicação social venezuelanos, a resolução SIB-DSB-04714, de 16 de maio último, ordena os bancos a deixarem de operar com os cartões de débito até 30 de novembro de 2019 e os cartões de crédito Visa e Mastercard antes de 01 de janeiro de 2020.

De acordo com a revista ‘Banca e Negócios’, este “sistema soberano” de pagamentos deverá ser criado nos próximos 60 dias e deve fazer uso maciço da identificação biométrica dos clientes dos bancos.

Deverá ainda “permitir a autorização de transações eletrónicas de pagamentos, validadas sob o fator de autenticação de biometria” com “elemento de segurança” de categoria 5, superior “ao uso da chave ou PIN associado ao cartão de débito tradicional”.

Por outro lado, a banca deverá promover o uso maciço de serviços de Pagamento Móvel Interbancário Pessoa a Pessoa (P2P, via sms) e Pessoa a Comércio (P2C), a partir do próximo 30 de julho, “para permitir aos clientes que ordenem pagamentos em tempo real”.

Estas medidas surgem como resposta às sanções dos Estados Unidos e especificamente à previsão de que as franquias Visa e Mastercard sejam obrigadas pela administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, a deixar de operar com bancos venezuelanos.

Ainda segundo a imprensa venezuelana, desde 2011 que a banca local tem tentado desenvolver um sistema de pagamentos autóctone, uma vez que os organismos regulares não querem que os dados das transações originadas na Venezuela sejam conhecidos no estrangeiro.

Dificuldades para a criação desse sistema levaram a banca venezuelana a acudir à empresa argentina Ex-Clé (a mesma que usa atualmente o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela) para gerir a identificação biométrica.

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