O Bankinter Portugal teve um crescimento de 50% no resultado antes de impostos, atingindo os 26 milhões de euros.
“O Bankinter Portugal registou uma dinâmica muito positiva durante este semestre”, diz o banco espanhol que está hoje em conferência de imprensa por zoom, a apresentar os seus resultados semestrais.
A sucursal portuguesa do banco espanhol registou um crescimento de todas as rubricas da conta de resultados. A margem de juros aumentou 7% para 49 milhões de euros; a margem bruta cresceu 15% para 75 milhões de euros impulsionada pelas comissões líquidas que tiveram um desempenho positivo (+26% para 29 milhões de euros) e com isto os resultados antes de provisões cresceram 33% para 33 milhões de euros.
Os custos da sucursal em Portugal também subiram 4% para 42 milhões de euros.
As provisões para crédito em Portugal aumentaram 53% para sete milhões de euros. “O custo do risco está normalizado”, disse a administração do banco.
Assim, o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal no primeiro semestre foi de 26 milhões de euros, o que representa um crescimento de 50% relativamente ao primeiro semestre do ano anterior.
No que se refere a indicadores do balanço, a carteira de crédito do Bankinter Portugal atingiu 6,8 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 6%.
O crédito a particulares em Portugal subiu 5% para 4,8 mil milhões de euros, ao passo que o crédito a empresas cresceu 7% para 2,2 mil milhões.
Os recursos de clientes, por seu lado, apresentam um crescimento superior de 19% no ano, alcançando os 5,5 mil milhões de euros. Os recursos geridos fora de balanço crescem 14%, atingindo os 3,9 mil milhões de euros.
Em Portugal, no crédito à habitação em moratória “estamos aproximadamente em 500 milhões de euros, o que representa 11% da carteira, inferior ao que tínhamos no trimestre anterior”, disse a administração. “No crédito a empresas temos 660 milhões de euros em moratória, abaixo do que tínhamos no trimestre anterior e menos de 12% da carteira”.
O rácio de Non-Performing Loans sobre o total da carteira de crédito em Portugal está em 1,89%.
María Dolores Dancausa, presidente executiva do banco espanhol, assegurou que não tem previsto nenhum plano de corte de pessoal, nem em Espanha nem em Portugal.
Nas contas consolidadas, o negócio de crédito ao consumo, operado pelo Bankinter Consumer Finance em Espanha, Portugal e Irlanda, “mantém um crescimento mais moderado, em virtude do impacto negativo que a situação económica ainda instável e que as restrições ao lazer e à mobilidade continuam a ter sobre esta atividade”. Ainda assim, diz o banco, a carteira de crédito cresce 9% face ao período homólogo, alcançando 3,1 mil milhões de euros.
“É de destacar o bom desempenho do negócio na Irlanda, operado pela marca Avant Money, com o crescimento da carteira de crédito a atingir 39% relativamente ao primeiro semestre de 2020 e com a atividade hipotecária, recentemente lançada, a crescer a bom ritmo”, refere a instituição.
O Bankinter registou um resultado líquido de 1.140 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, que inclui a mais-valia gerada pela separação da Línea Directa. Excluindo a mais-valia desta operação, o banco teve um resultado líquido recorrente de 244,5 milhões de euros, mais 124,1% do que o resultado do primeiro semestre de 2020, com uma forte dinâmica da atividade comercial.
A instituição financeira reportou uma rentabilidade (ROE) de 9,5% no primeiro semestre, e na conferência de imprensa a administração do banco anunciou que a meta para o final do ano era de 8,5% a 9%, “de qualquer maneira mantemos o objetivo de ter uma rentabilidade acima do custo de capital”, disseram.
O banco liderado por María Dolores Dancausa diz que todas as rubricas da conta de resultados são superiores às do mesmo período de 2020 e também de 2019, com o banco a obter receitas superiores às do ano anterior à pandemia. “O banco regista valores record em hipotecas concedidas nos primeiros seis meses do ano, com 3 mil milhões de euros, o dobro do alcançado no primeiro semestre de 2020”, avançam.
O Bankinter em Espanha tem 255 milhões de euros de crédito em moratória, dos quais 123 milhões de euros diz respeito a crédito à habitação. O que pesa 0,5% da sua carteira de crédito hipotecário.
Nos sectores mais afectados pela pandemia (turismo e restauração) o crédito em moratória é de 132 milhões de euros.
O Bankinter anuncia que 2,9% é o rácio de incumprimento do crédito em moratórias vencidas.
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