Os economistas do Barclays estão confiantes no desempenho económico de Portugal este ano. Numa nota de research publicada ontem, intitulada “Portugal’s got talent [Portugal tem talento]”, o banco britânico antecipa que o país atinja um crescimento de 2,9% em 2017, num desempenho “razoavelmente bom” face aos pares europeus.
O relatório do banco aponta “uma mão cheia de razões para estar otimista”. O governo minoritário de António Costa “provou ser resiliente”, o partido socialista está a subir nas sondagens e as taxas de aprovação do primeiro-ministro do ministro das Finanças “são altas”. O setor bancário do país foi recapitalizado, incluindo a CGD, e o desempenho orçamental em 2016 atingiu o objetivo acordado com as autoridades europeias.
O crescimento no primeiro trimestre ficou acima das previsões, com “surpresas positivas”, como o aumento do investimento e as exportações mais fortes. E as perspectivas são “promissoras”, pelo que a dinâmica da dívida pública, atualmente de 130% do PIB, “tornou-se menos frágil”.
O principal riscos de curto prazo apontado pelo banco é uma possível crise política depois das autárquicas, que impediria a aprovação do orçamento do estado para 2018, mas os economistas britânicos consideram que a probabilidade de tal ocorrer é “moderadamente baixa”. Há também o risco de haver novas más notícias no sistema bancário, por exemplo se a venda do Novo Banco fracassar, ou turbulência nos mercados financeiros que ponham o país sob pressão. Mas, no geral, o Barclays considera que estes riscos de curto prazo são “equilibrados”.
Quanto a uma eventual subida do rating no curto prazo, há menos otimismo. Para o banco, a saída do atual nível especulativo – ou de lixo, no jargão financeiro – está a pelo menos 12 a 24 meses de distância.
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