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Barclays otimista com economia nacional: “Portugal tem talento”

Banco antecipa crescimento de 2,9% este ano. Há riscos de crise política e de más notícias no sistema financeiro, mas são baixos.
14 Junho 2017, 19h00

Os economistas do Barclays estão confiantes no desempenho económico de Portugal este ano. Numa nota de research publicada ontem, intitulada “Portugal’s got talent [Portugal tem talento]”, o banco britânico antecipa que o país atinja um crescimento de 2,9% em 2017, num desempenho “razoavelmente bom” face aos pares europeus.

O relatório do banco aponta “uma mão cheia de razões para estar otimista”. O governo minoritário de António Costa “provou ser resiliente”, o partido socialista está a subir nas sondagens e as taxas de aprovação do primeiro-ministro do ministro das Finanças “são altas”. O setor bancário do país foi recapitalizado, incluindo a CGD, e o desempenho orçamental em 2016 atingiu o objetivo acordado com as autoridades europeias.

O crescimento no primeiro trimestre ficou acima das previsões, com “surpresas positivas”, como o aumento do investimento e as exportações mais fortes. E as perspectivas  são “promissoras”, pelo que a dinâmica da dívida pública, atualmente de 130% do PIB, “tornou-se menos frágil”.

O principal riscos de curto prazo apontado pelo banco é uma possível crise política depois das autárquicas, que impediria a aprovação do orçamento do estado para 2018, mas os economistas britânicos consideram que a probabilidade de tal ocorrer é “moderadamente baixa”. Há também o risco de haver novas más notícias no sistema bancário, por exemplo se a venda do Novo Banco fracassar, ou turbulência nos mercados financeiros que ponham o país sob pressão. Mas, no geral, o Barclays considera que estes riscos de curto prazo são “equilibrados”.

Quanto a uma eventual subida do rating no curto prazo, há menos otimismo. Para o banco, a saída do atual nível especulativo – ou de lixo, no jargão financeiro – está a pelo menos 12 a 24 meses de distância.

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