O BBVA vai avançar com oferta de aquisição sobre o Sabadell apesar das condições impostas pelo Governo espanhol. O anúncio foi feito esta segunda-feira.
Na semana passada o governo espanhol, numa atuação inédita, aprovou em Conselho de Ministros condições para a compra que afetavam as sinergias que o BBVA pode obter na fusão. Nomeadamente o BBVA terá de manter o Sabadell como banco separado e com entidade autónoma durante, pelo menos, três anos, e sem despedimentos. Isto é a fusão está impedida.
O governo socialista de Pedro Sanchez afirmou a 24 de junho que o BBVA não teria permissão para integrar as suas operações com o Sabadell durante pelo menos três anos, como uma das condições impostas à oferta de mais de 14 mil milhões de euros. O gabinete poderia prolongar esta condição por mais dois anos, afirmou.
“Após analisar a resolução (do governo), o BBVA decidiu não retirar a oferta e, por isso, esta mantém-se em vigor de acordo com a regulamentação aplicável”, afirmou o banco num documento enviado ao supervisor do mercado bolsista.
Prosseguir a oferta significa que o BBVA deve cumprir os requisitos estabelecidos pelo governo com base em interesses comuns, como a proteção dos trabalhadores, a proteção das empresas e a proteção dos clientes financeiros.
Recorde-se que, numa iniciativa inédita, o Conselho de Ministros impôs a proibição de fusão do BBVA com o Banco Sabadell por pelo menos três anos, prorrogável por mais dois. Em concreto, exigiu que ambas as entidades mantivessem personalidade jurídica, autonomia de gestão e património separado.
Após a decisão de Madrid, o BBVA informou que estava a reavaliar o impacto na poupança de custos esperada de 850 milhões de euros, anunciada anteriormente.
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