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BBVA vê lucros crescerem 29% para cinco mil milhões no primeiro semestre

BBVA mostra-se forte perante o Banco Sabadell, que está a tentar adquirir e lançou, inclusivamente, uma OPA hostil na primeira metade do ano.
BBVA
31 Julho 2024, 11h50

O banco espanhol BBVA anunciou lucros de 4.994 milhões de euros (praticamente cinco mil milhões de euros) no primeiro semestre, um valor que representa uma subida de 29% em relação ao período homólogo. Lembra a imprensa espanhola que o BBVA conseguiu superar o seu próprio recorde, uma vez que o primeiro semestre de 2023 tinha sido o melhor para o banco.

Desta forma, o BBVA mostra-se forte perante o Banco Sabadell, que está a tentar adquirir e lançou, inclusivamente, uma OPA hostil com 4,83 ações do concorrente Sabadell por uma do BBVA. O Sabadell divulgou a semana passada lucros semestrais de 791 milhões de euros, num aumento de 40%.

O BBVA atribui o forte resultado ao bom desempenho dos rendimentos. Entre janeiro e junho, a margem de juros atingiu os 20% até 12.993 milhões de euros, mas foram as comissões líquidas, que somaram 35% para os 3.842 milhões, que impulsionaram os resultados, em parte devido ao negócio de pagamentos e gestão de ativos.

A margem bruta, por sua vez, foi de 17.446 milhões, o que compensa um aumento de 20% nas despesas para os 6.859 milhões de euros. A rentabilidade dispara para 20%, o custo de risco aumentou para 1,42%.

No entanto, os números mudam de figura quando analisados os dados trimestrais. Sustenta o “CincoDías” que os resultados do segundo trimestre mostram “sinais de esgotamento”, o que coincide com o primeiro corte das taxas de juro do Banco Central Europeu, a fraqueza do peso mexicano e a instabilidade da lira turca.

A margem de lucro permanece estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado, as comissões totalizam 4% e a margem bruta um total de 12%. Enquanto isso, o lucro trimestral observou um crescimento de 27%.

Indicam os dados que Espanha puxou pelos resultados do grupo, com o lucro a atingir os 1.790 milhões de euros, num aumento de 47,8%, sendo também este o melhor semestre da história do banco em Espanha. A margem bruta e a margem de lucro cresceram acima dos 20% e as despesas subiram 6%.

BBVA quer fechar 300 balcões após fusão com Sabadell

Abordando a OPA hostil ao banco Sabadell, o BBVA fez uma atualização aos seus números. Na apresentação dos lucros, o banco revelou a intenção de encerrar 300 agências bancárias quando adquirir o banco catalão e fundir os dois negócios, algo que o Governo já se opôs de forma firme.

Isto significa que o BBVA pretende encerrar perto de 35% dos 870 balcões que o banco estima se encontrarem a menos de 500 metros de distância.

No fim dos primeiros seis meses do ano, o BBVA somava 5.872 agências, um número bastante superior aos 1.382 balcões do Sabadell. Numa fusão, sem cortes, ficaram com 7.254 balcões espalhados pelo território espanhol. Ora, perante uma fusão, o encerramento dos 300 balcões significa a redução da rede em 4%, um valor mais modesto.

Antecipando preocupações, o presidente do BBVA veio minimizar o efeito, garantindo que a subtração de agências serve razões tecnológicas e de sistemas e que o impacto a nível dos trabalhadores será acordado com os próprios para não ser “traumático” para as duas partes.

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