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BCE alerta para riscos crescentes dos ‘shadow banks’ na Zona Euro

“Certamente existem luzes de advertência à nossa frente”, alertou a responsável do BCE ao Financial Times, destacando o papel dos intermediários financeiros não bancários, onde a visibilidade é mais reduzida e a atividade mais está a crescer.
11 Julho 2024, 11h44

Elizabeth McCaul, membro do Conselho de Supervisão do BCE, em entrevista ao “Financial Times”, alertou que existe um “notável” crescimento dos fundos privados e de outros veículos de financiamento fora do sistema bancário que é regulado – os chamados shadow banks – o que “representa uma grande ameaça à estabilidade do sistema financeiro da zona euro”.

“Certamente existem luzes de advertência à nossa frente”, alertou a responsável do BCE ao “Financial Times”, destacando o papel dos intermediários financeiros não bancários, onde a visibilidade é mais reduzida e a atividade mais está a crescer.

“O mais predominante é a área em que provavelmente temos menos visibilidade e onde as coisas podem avançar mais rapidamente do que […] a dinâmica normal de crédito – ou seja, o mercado de intermediários financeiros não bancários”, refere a membro do conselho de supervisão do Banco Central Europeu.

Este sector, conhecida por shadow banking, tinha ativos no valor de 42,9 biliões de euros no terceiro trimestre, já acima dos 38 biliões dos bancos tradicionais.

Elizabeth McCaul citou os casos passados, como o colapso da Archegos Capital Management, que causou cerca de 10 mil milhões de dólares em perdas a bancos como o Credit Suisse e o Nomura, como prova de como estes riscos se podem materializar inesperadamente.

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