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BCE mantém requisitos de capital à CGD para 2025 por conta dos ativos ponderados pelo risco

O BCE manteve as mesmas exigências de capital na componente que é em função da qualidade dos ativos do banco, ou seja, o Pilar 2, à CGD, ou seja 1,9%, que inclui 1,069% de CET1 e 1,425% de Tier 1.
MIGUEL A. LOPES / LUSA
13 Dezembro 2024, 19h38

A Caixa Geral de Depósitos recebeu a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os requisitos mínimos prudenciais em vigor para 2025, com base nos resultados do Supervisory Review and Evaluation Process (SREP), bem como a comunicação do Banco de Portugal acerca da reserva adicional de fundos próprios que lhe é exigida na qualidade de “Outra Instituição de Importância Sistémica” (O-SII).

O BCE manteve as mesmas exigências de capital na componente que é em função da qualidade dos ativos do banco, ou seja, o Pilar 2, à CGD, ou seja 1,9%, que inclui 1,069% de CET1 e 1,425% de Tier 1.

“O requisito de Pilar 2 para a Caixa em 2025 mantém-se inalterado em 1,9%, após a redução de 10 p.b. em 2023 e de 25 p.b. em 2022”, salienta o banco.

Esta componente do rácio é determinada em função do valor total de ativos ponderados pelo risco (RWA). Portanto quanto mais baixa a exigência melhor a qualidade da carteira de crédito do banco. No caso da CGD o Pilar 2 para 2025 é igual ao requisito de 2024.

A CGD, diz, acerca dos requisitos mínimos prudenciais a observar, em base consolidada, em 2025, determinados em função do valor total dos ativos ponderados pelo risco, terá de ter no mínimo, a partir de 1 de janeiro de 2025, um rácio de CET1 de 8,819%; um rácio de Tier1 de 10,675%; e um rácio de capital total de 13,150%.

O buffer de capital que a Caixa tem de ter em 2025 é de 3,25%. Os buffers incluem a Reserva de Conservação de Fundos Próprios (2,5%), a Reserva Contra Cíclica (0%) e a Reserva para “Outras Instituições de Importância Sistémica” (0,75%), que se mantém inalterada após redução de 0,25 p.p. em 2024.

Os rácios de capital da Caixa, com referência a 30 de setembro de 2024, excedem os novos requisitos mínimos exigidos em matéria de CET1, Tier 1 e Capital Total com margens muito significativas (12,23 p.p., 10,39 p.p. e 8,16 p.p., respetivamente), “evidenciando a solvabilidade
robusta da instituição”. 

Em setembro, a CGD tinha um rácio de capital core (CET1) de 21,05%; Tier 1 de 21,06% e rácio de capital total de 21,31%. Estes rácios de capital, incluem o resultado líquido do período deduzido do montante máximo distribuível de acordo com a política de dividendos.

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