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Taxas de juro do BCE continuam em mínimos históricos. Mario Draghi anuncia nova série de empréstimos de longo prazo à banca

O Banco Central Europeu manteve a taxa de juro diretora da zona euro em 0%. Mario Draghi anunciou que vai lançar em setembro uma nova vaga de empréstimos de longo prazo à banca, para fomentar o crescimento económico dos países do euro.
7 Março 2019, 12h47

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro em mínimos históricos. A taxa de juro diretora continua nos 0%, com a taxa aplicável à facilidade de depósito a permanecer nos -0,40%, enquanto a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez fica em 0,25%.

A instituição também anunciou que vai lançar uma nova série de empréstimos à banca com o objetivo de fomentar o crescimento económico nos países da zona euro. Estas operações de refinanciamento vão ser lançadas em setembro de 2019, terminando em março de 2021.

“O Conselho de Governadores agora espera que as principais taxas de juro do BCE continuem nos seus atuais níveis, pelo menos até ao final de 2019”, diz o BCE. A instituição declara que as taxas de juro diretora irão permanecer no seu atual nível durante o tempo que for “necessário para assegurar a convergência contínua e sustentada dos níveis de inflação que estão abaixo, mas perto de, 2% no médio prazo”.

O comunicado do banco sediado em Frankfurt também declara que o “conselho de governadores pretende continuar a reinvestir, em pleno, nos principais pagamentos das maturidades das obrigações compradas sob o programa de compra de ativos por um período alargado de tempo após a data quanto começar a subir as principais taxas de juro, em qualquer caso” durante o tempo que for “necessário, para manter condições de liquidez favoráveis e um grau amplo de acomodação monetária”.

Os analistas vão estar agora atentos à habitual conferência de imprensa de Mario Draghi com os analistas a esperarem por atualizações das perspetivas económico e financeiras por parte do BCE.

Na última reunião de 2018, o BCE confirmou o fim do programa de compra de ativos em dezembro. O programa foi iniciado em março de 2015 para impulsionar o crescimento económico e a inflação na zona euro e desde essa altura, a instituição presidida por Mario Draghi investiu 2,158 biliões de euros, incluindo 36.514 milhões de euros de dívida portuguesa.

O BCE explicou em dezembro que estaria a reforçar o forward guidance sobre o reinvestimento, que pretende fazer por completo nos ativos que cheguem à maturidade, por um período extenso e para além de quando começar a subir as principais taxas de juro, no âmbito dos ativos adquiridos ao abrigo do Quantitative Easing.

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