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BCE revê projeção de inflação para 3,2% no próximo ano

No cenário base, o staff do BCE vê uma inflação anual de 2,6% em 2021, 3,2% em 2022, 1,8% em 2023 e 1,8% em 2024. O banco central espera ainda que o crescimento económico se mantenha ao longo do próximo ano, projetando uma expansão do PIB de 5,1% este ano, de 4,2% em 2022, de 2,9% em 2023 e de 1,6% em 2024.
16 Dezembro 2021, 14h12

O Banco Central Europeu (BCE) admitiu esperar uma taxa de inflação mais alta para a zona euro face às projeções de setembro e cortou ligeiramente as perspectivas de crescimento económico para o próximo ano, ainda que tenha melhorado as projeções para 2023.

No cenário base, o staff do BCE vê uma inflação anual de 2,6% em 2021, 3,2% em 2022, 1,8% em 2023 e 1,8% em 2024, o que se revela “significativamente mais alta” do que nas projeções anteriores. Descontado alimentos e energia, a inflação será de 1,4% este ano, 1,9% em 2022, 1,7% em 2023 e 1,8% em 2024, também superior às projeções de setembro.

“Com o tempo, o regresso gradual da economia à plena capacidade e novas melhorias no mercado de trabalho devem apoiar o crescimento mais rápido dos salários. As medidas de mercado e as medidas baseadas em inquéritos de expectativas de inflação de longo prazo permaneceram praticamente estáveis ​​desde a nossa última reunião de política monetária em outubro. Mas, no geral, essas taxas  aproximaram-se de 2% nos últimos meses. Esses fatores ajudarão a inflação subjacente a subir e a elevar a inflação plena até à nossa meta no médio prazo”, disse Christine Lagarde, na conferência de imprensa desta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Governadores.

O BCE espera ainda que o crescimento económico se mantenha ao longo do próximo ano, projetando uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,1% este ano, de 4,2% em 2022, de 2,9% em 2023 e de 1,6% em 2024.

“Esperamos que a recuperação económica continue, impulsionada pela robusta procura interna. O mercado de trabalho está a melhorar, com mais pessoas a trabalhar e menos em programas de manutenção de empregos. Isso apoia a perspetiva de aumento da renda e do consumo das famílias. A poupança acumulada durante a pandemia também irá apoiar o consumo”, explica.

Lagarde salienta que a atividade económica moderou-se ao longo do último trimestre deste ano e é provável que esse crescimento mais lento se estenda até ao início do próximo ano. “Esperamos agora que a produção ultrapasse o nível pré-pandemia no primeiro trimestre de 2022”, disse.

No entanto, admitiu que para enfrentar a atual onda de pandemia alguns países da zona euro reintroduziram medidas de contenção mais rígidas. “Isso pode atrasar a recuperação, especialmente em viagens, turismo, hospitalidade e entretenimento. A pandemia está a pesar sobre a confiança do consumidor e das empresas e a disseminação de novas variantes está a criar incerteza adicional”, disse.

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