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BCE vai de férias numa “boa posição” para lidar com incerteza

Lagarde começou por caraterizar as tarifas dos EUA como deflacionárias, mas acabou por reconhecer que o efeito terá de ser avaliado, o que traz de volta a hipótese de subidas de taxa em 2026.
epa12258710 European Central Bank (ECB) President Christine Lagarde addresses a press conference following the meeting of the ECB Governing Council in Frankfurt am Main, Germany, 24 July 2025. EPA/RONALD WITTEK
27 Julho 2025, 08h00

Após oito descidas de juros, o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter as taxas diretoras em 2%, nível que alinha com a inflação mais recente, sublinhando a incerteza criada pelo ambiente tarifário e geopolítico internacional. Lagarde mostrou-se confiante na força da economia, considerou que o banco central está “numa boa posição”, mas reconheceu no final da conferência que não se pode excluir subidas de juros no futuro não muito distante, dado que as tarifas podem agravar ou aliviar os preços.

Os mercados davam como certa esta decisão, embora mantendo em aberto ainda a possibilidade de novo corte, mas só após setembro – uma possibilidade que Lagarde não afastou de forma determinante. A presidente do BCE começou por destacar como a economia surpreendeu pela positiva no primeiro trimestre, embora boa parte desta dinâmica tenha sido motivada por uma antecipação de encomendas, dados os receios de uma escalada tarifária.

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