O Millennium bcp convocou uma assembleia geral de obrigacionistas para se pronunciarem sobre a fusão do Banco Imobiliário de Investimento (BII) que será, aliás, o único ponto da ordem de trabalhos.
Em comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BCP chamou os obrigacionistas a “pronunciarem-se relativamente aos possíveis prejuízos para os senhores obrigacionistas decorrentes da fusão por incorporação, mediante transferência global do património, do Banco de Investimento Imobiliário, no Banco Comercial Português”.
A assembleia geral de obrigacionistas realizar-se-à no dia 21 de outubro, pelas 9h00, no edifício 5 do Taguspark, onde se situam as instalações do banco liderado por Miguel Maya.
O BCP anunciou a fusão do BII na quinta-feira passada, dia 12, depois de as administrações das duas instituições financeiras terem acordado a operação.
O BII, especializado na concessão de crédito hipotecário e constituído em 1993 no âmbito de uma parceria entre o BCP e o italiano Banca Indesa, é desde 2005 detido a 100% pelo BCP.
O BCP, noutro comunicado divulgado pela CMVM esta terça-feira, explicou ainda que o irá prosseguir as atividades desenvolvidas pelo BII e que o negócio bancário será “desenvolvido primordialmente a partir do BCP”.
“A incorporação ora projetada do BII permitirá a eliminação dos custos associados à manutenção de uma instituição de crédito juridicamente autónoma e visará igualmente, tal como todas as restantes incorporações de instituições financeiras protagonizadas pelo BCP, assegurar ganhos de eficiência através da racionalização das áreas operativas, de back office e outras funções de suporte”, lê-se no documento.
Do ponto de vista contabilístico, as operações do BII passarão a considerar-se incorporadas no BCP a partir do dia 1 de janeiro de 2019, “salvo se, por se encontrar ainda pendente a necessária autorização do Banco Central Europeu, não for possível requerer o registo da fusão antes do dia 31 de dezembro de 2019”, explicou o banco liderado por Miguel Maya.
Neste caso, do ponto de vista contabilístico, as operações do BII serão incorporadas no BCP a partir de 1 de janeiro de 2020.
Para os trabalhadores do BII, a “fusão não implicará redundância ou supressão de postos de trabalho” porque a atividade do BII já está “assegurada por prestação de serviços” do BCP, “estando já hoje os trabalhadores [do BII] cedidos ao BCP”, explicou o Millennium bcp.
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