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BCP dispara 4% e leva PSI-20 a recuperar em linha com a Europa

A estrela da sessão foi o BCP que avançou +4,13%. Os índices das principais praças europeias fecharam no verde com o setor das telecomunicações a liderar os ganhos contagiados pelas notícias da Telefónica.
28 Janeiro 2020, 17h36

Depois de uma segunda-feira negra, a bonança chegou nesta terça-feira. O PSI-20 fechou nos 5.243,32 pontos (1,24%) em linha com o EuroStoxx 50 que valorizou 1,09% para 3.717,98 pontos.

A estrela da sessão foi o BCP que avançou +4,13% para 0,1893 euros, ainda assim longe dos 0,20 euros em que estava há algumas semanas.

Também a Sonae Capital subiu +4,23% para 0,7630 euros. Já a Sonae SGPS subiu +1,84% para 0,8565 euros.

Destaque ainda para a subida da Altri (+1,74%) para 5,86 euros e dos CTT (+1,67%) para 3,05 euros.

“O comportamento da bolsa nacional enquadrou-se no padrão de recuperação que caraterizou a sessão europeia”, escreveu o analista do BPI no comentário de fecho.

A subida do PSI-20 foi liderada por algumas das ações que tinham sido mais penalizadas pelas vendas dos investidores nos dias anteriores. Entre essas ações figuraram o BCP, a Altri e a Mota-Engil, constata o BPI.

O índice nacional pode ainda contar com o bom desempenho do grupo EDP, que registou uma overperformance face aos pares europeus, “devido ao seu caráter mais defensivo e à expectável descida das yields, resultante da compra de obrigações de Estado, por parte de investidores que pretendem reduzir o risco das suas carteiras”, refere o mesmo analista.

A EDP Renováveis subiu +1,23% para 11,48 euros e a EDP ganhou +1,63% para 4,31 euros.

A Galp registou uma subida de +0,58% para 13,86 euros no dia em que apresentou os dados operacionais preliminares relativos ao 4º trimestre de 2019. A produção working interest aumentou 21% face ao mesmo período do ano anterior e 9% relativamente ao trimestre anterior. Assistiu-se a um aumento das vendas totais de gás, sobretudo devido ao aumento das vendas em trading e às maiores vendas a clientes diretos, sobretudo ao segmento industrial. As matérias primas processadas aumentaram tanto em termos trimestrais (29%) como face ao ano anterior (38%).

Dia de ganhos nas principais bolsas europeias impulsionadas pela recuperação de Wall Street, diz por sua vez o analista da Mtrader (BCP), Ramiro Loureiro. “O setor das telecomunicações liderou os ganhos com a Telefónica animada perante rumores de que o Presidente se terá reunido com um private equity para analisar uma possível aquisição de participação”, refere o mesmo analista.

Os índices das principais praças europeias fecharam no verde.

O FTSE 100 de Londres subiu 0,93% para 7.480,7 pontos ao passo que o CAC 40 ganha 1,07% para 5.925,8 pontos e o Dax avançou 0,90% para 13.323,7 pontos.

O espanhol  IBEX fechou nos 9.484 pontos (+1,26%) e o italianao FTSE MIB disparou 2,61%  para 24.027,6 pontos.

Após as fortes perdas de ontem, os índices europeus conseguiram recuperar uma parte das perdas provocadas pelo medo da propagação do vírus da China (coronavírus).

As autoridades chinesas informaram que o número de pessoas infetadas pelo vírus atingiu os 4.409 no seu país e 8 em Hong Kong, tendo a doença vitimado 107 pessoas.

Os mercados da Europa estiveram atentos às notícias relativas ao coronavírus mas também à earning season que agora começa a ganhar intensidade na Europa.

A SAP reportou um resultado operacional trimestral de 2.840 milhões de euros, aquém dos 2.850 milhões estimados. A empresa reportou em 2019 um incremento nas encomendas de clouds e elevou os objetivos para os lucros de 2020. As ações da SAP perderam 2,69%.

A Philips anunciou no 4º trimestre que os lucros somaram 556 milhões, abaixo dos 602 milhões estimados pelos analistas. A empresa divulgou um incremento nas vendas trimestrais de 3,30%, inferior aos 5,22% antecipados pelos analistas e reiterou os seus objetivos para 2020. O título holandês desvalorizou 2,08%.

A nível macroeconómico destaque para o facto de o sentimento dos exportadores alemães ter sofrido um revés. Em janeiro, as expectativas de exportação do Ifo na indústria diminuíram de 2,0 para 0,9 pontos.

O clima foi particularmente sombrio entre os fabricantes de processadores de dados e equipamentos ópticos, cujas exportações estão a evoluir um pouco menos dinamicamente. O mesmo se aplica à indústria farmacêutica e aos fabricantes de alimentos e bebidas. Na indústria automóvel há um crescente ceticismo sobre se as vendas internacionais podem aumentar. Em contraste mais e mais empresas da indústria química relataram pedidos adicionais do exterior, assim como os fabricantes de móveis.

O petróleo sobe em Londres 0,69% para 59,73 dólares.

O euro perde 0,08% para 1,101 dólares. Já a dívida alemã a 10 anos vê os juros subirem no mercado secundário 4,4 pontos base para -0,341%. A dívida portuguesa também agrava 3,2 pontos base para 0,339% e a espanhola idem a subir 3,4 pontos base para 0,315%. Só a dívida italiana cai 0,50 pontos para 1,032%.

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