Miguel Maya, CEO do Millennium bcp disse ao Jornal Económico que “o plano de desinvestimentos da Sonangol no setor financeiro não é novidade”. Mas que “o BCP tem contacto permanente com os representantes do acionista Sonangol e pode confirmar que não há qualquer alteração à posição que oportunamente foi dada a conhecer por fontes oficiais ao mercado”.
Em dezembro do ano passado, o então presidente da petrolífera, Carlos Saturnino disse publicamente que “a participação da Sonangol no Millennium BCP é um investimento estratégico“.
Isto é, o BCP quer com isto dizer que a notícia da Expansão não tem fundamento e que a Sonangol não mudou de estratégia em relação à participação de 19,5% no capital do banco português.
Recorde-se que João Lourenço já disse publicamente que não ia desinvestir no BCP. “Posso dizer que há uma empresa portuguesa que me procurou ontem [sexta-feira], muito preocupada, para saber se a Sonangol ia sair ou não. Em princípio, nós sossegamos essa empresa, dizendo que pode dormir descansada“, disse o presidente angolano, no encerramento da visita oficial de três dias a Portugal que decorreu entre 22 e 24 de novembro. Mais tarde, em março, João Lourenço reforçou a ideia em entrevista à RTP: “em relação ao BCP, reitero o que disse na minha visita a Portugal, que é que, em princípio, vamos manter-nos”.
A notícia do possível desinvestimento no BCP foi noticiado pelo jornal angolano Expansão, que revelava que a Sonangol estaria a finalizar a estratégia para alienar a participação no setor financeiro e que incluia a participação no capital do BCP.
Fonte oficial da Sonangol desmentiu depois ao Negócios esta intenção.
Além da posição no BCP, a Sonangol tem participações no capital de outros bancos com operação em Angola. São eles o BAI (8,5%), o BFA (13% de participação indireta por via da Unitel), a Caixa Angola (25%) e o Banco Económico (31,5%).
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com