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BCP e Jerónimo Martins disparam e Lisboa foge às perdas das bolsas europeias

As duas empresas apresentaram resultados e os mercados estão a reagir de forma expressiva, de tal modo que o PSI está a ganhar quase 2%, ao passo que as principais bolsas europeias estão em queda.
31 Outubro 2024, 12h09

A bolsa de Lisboa está a contrariar as perdas que se fazem sentir nas mais importantes praças europeias, a beneficiar dos disparos da Jerónimo Martins, BCP e CTT.

O índice PSI avança 1,87%, até aos 6.510 pontos, liderado pela subida da Jerónimo Martins. Os lucros do grupo dono do Pingo Doce caíram 21% no terceiro trimestre, mas a capitalização de mercado segue em sentido contrário, ao subir 7,93%, para 17,82 euros por ação.

Ao mesmo tempo, o BCP adianta-se 6,94%, até aos 0,4516 euros, na sequência de dar conta de uma subida de 9,7% nos lucros até setembro. O único banco cotado no PSI apresentou o novo plano estratégico no qual estima passar a distribuir “até 75%” dos lucros aos acionistas, entre outros números.

Ao mesmo tempo, os CTT ganham 4%, até aos 4,29 euros, enquanto a Mota-Engil sobe 2,08% e alcança 2,546 euros.

Por outro lado, a NOS está a cair 2,75% e fica-se pelos 3,54euros, ao passo que a Galp recua 0,97%, para 15,85 euros.

Entre os principais índices europeus, França recuou 1,02%, ao passo que o Reino Unido e o índice agregado Euro Stoxx 50 caíram 0,84%. Houve ainda perdas de 0,58% na Alemanha, 0,57% em Itália e 0,26% em Espanha.

A Jerónimo Martins e o BCP estão em reações muito positivas à apresentação de contas”, pode ler-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“E se a retalhista se mostra entusiasmada com os sinais de melhoria na Polónia e que levaram a um upgrade de avaliação, o banco liderado por Miguel Maya vê a cotação disparar depois de ter mostrado lucros acima da estimativa mais elevada entre os analistas que efetuam cobertura sobre as ações e anunciado um novo plano estratégico de remuneração acionista, que entusiasma os investidores. Já a NOS era quem mais descia no índice nacional”, apontam os analistas.

“No exterior o setor da banca é um dos focos, onde o BCP e o SocGen lideram em reações aos números demonstrados, enquanto o fraco desempenho no retalho faz tombar o BNP Paribas. Em Espanha o Caixabank e o BBVA também difundiram resultados e seguem no verde”, assinala-se.

“De resto, nas respostas mais negativas estão AB Inbev e TotalEnergies, enquanto Airbus e Worldline seguem em campo oposto. O setor tecnológico é ainda castigado por fracas reações às contas da Meta e da Microsoft reveladas ontem após o fecho de Wall Street”, lembra-se na mesma análise.

“No plano macroeconómico de salutar o regresso inesperado à expansão da atividade industrial na China em outubro, dando tração à atividade global. Entretanto na zona euro foi revelado que as pressões inflacionistas terão aumentado em outubro, uma condicionante ao tão desejado movimento de descida de taxas de juro pelo BCE”, acrescentam os analistas.

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