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BCP faz disparar PSI-20 que fecha a valorizar 3% em dia animado na Europa

Bolsas europeias encerram em alta expressiva com a aprovação da vacina da Moderna. A banca foi a estrela da sessão graças à subida dos juros do tesouro norte-americano. O PSI-20 acompanhou o ambiente do exterior e disparou mais de 3% impulsionado pela forte valorização dos títulos do BCP, EDP e Galp.
6 Janeiro 2021, 17h34

As ações do BCP fecharam a sessão desta quarta-feira a subir 9,18% para 0,1427 euros e puxaram o PSI-20 para uma subida de 3,19% fechando nos 5.168,32 pontos.

Todo o sector da banca fechou com fortes ganhos graças à subida dos juros soberanos dos Estados Unidos. Adicionalmente o BCP está a cotar abaixo da média do sector em termos de Price to Book Value, pode estar a fazer um ajustamento à média do sector.

À medida que os dois candidatos democratas na Geórgia, Jon Ossoff e o reverendo Raphael Warnock, se aproximam da meta que, segundo as projeções, vai destronar dois republicanos da Geórgia das suas cadeiras no Senado, os juros dos Estados Unidos (EUA) disparam. A perspetiva — alimentada pela eleição dos lugares a votação para o Senado dos EUA — está a ser recebida com cautela. Uma vez que os democratas no Senado é um sinal negativo para a dívida e dólar devido ao aumento ainda maior do défice orçamental. Os juros da dívida e o dólar refletem receios sobre o aumento do défice orçamental.

As duas EDP também ajudaram à subida da Bolsa de Lisboa. A EDP subiu 3,73% para 5,50 euros e a EDP Renováveis avançou 3% para 24,05 euros.

Por sua vez a Galp valorizou 2,96% para 9,25 euros. A Mota-Engil registou uma subida de 4,13% para 1,464 euros; a Pharol subiu 5,83%; as empresas do papel (Navigator e Altri) subiram 3,33% e 3,45%, para 2,54 euros e 5,39 euros, respetivamente.

Destaque ainda para a Semapa que avançou 3,24% para 9,23 euros e para a Sonae que subiu 2,21% para 0,6950 euros.

A Navigator procedeu a 30 de dezembro de 2020 à aquisição de 500 obrigações relativas à emissão “Portucel / 2015-2023”, a um valor unitário de 100 mil euros, no valor total de 50 milhões. A operação insere-se no âmbito da restruturação do financiamento obrigacionista com vencimento em 2023.  Em simultâneo a Navigator fez uma nova emissão obrigacionista de 75 milhões com vencimento até 2026 (50% em dezembro 2025 e os restantes em igual mês de 2026).

A única ação em queda foi a Ibersol que perdeu 0,38% para 5,24 euros.

O PSI-20 acompanhou o otimismo dos mercados europeus no dia em que a Comissão Europeia deu luz verde à vacina da Moderna para se juntar à da Pfizer que já está a ser administrada em vários países.

O EuroStoxx 50 subiu 1,78% para 3.611,1 pontos. Já o FTSE 100 em Londres disparou 3,47% para 6.841,9 pontos. Por sua vez o CAC ganhou 1,19% para 5.630,6 pontos; o DAX avançou 1,76% para 13.892 pontos; o IBEX fechou em alta de 3,2% para 8.350,3 pontos; o FTSE MIB subiu 2,4% para 22.734,3 pontos. Na Europa só a Grécia fechou em queda.

“A revelação de que a atividade terciária nos EUA terá abrandado o ritmo de crescimento em dezembro, acabou por ser ofuscada pelas notícias que vão dando conta da possibilidade da votação para o Senado na Georgia trazer uma Blue Wave nos EUA, situação política em que os Democratas dominam o Senado, a Câmara dos Representantes e a Casa Branca, o que daria suporte às políticas do presidente Joe Biden”, revela na sua análise o analista de mercados do Millennium BCP Ramiro Loureiro.

A nível macroeconómico destaque para a confiança dos consumidores sobe em França. O índice passou de 89 para 95 em dezembro e superou os 91 aguardados pelos analistas.

O petróleo também valoriza ao subir 1,68% para 54,50 dólares no mercado de Londres.

O euro avança 0,02% para 1,23 dólares.

Quanto ao mercado secundário de dívida soberana, a dívida alemã a 10 anos sobe 5,6 pontos base para -0,52%. Já a dívida portuguesa agrava 1,43 pontos base para 0,02%. Espanha também com os juros soberanos a subirem, +1,22 pontos base para 0,04% e Itália vê os juros praticamente estáveis (+0,02 pontos base) para uma yield de 0,57%.

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