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BCP integra sindicato bancário que assegura aumento de capital da EDP

O aumento de capital da EDP de mil milhões está garantido por um contrato de tomada firme com bancos. “As novas ações que não tenham sido subscritas no âmbito da Emissão de Direitos podem ainda ser subscritas pelo Banco Comercial Português, J.P. Morgan Securities plc, Morgan Stanley & Co. International plc, BNP Paribas, BofA Securities Europe ou Goldman Sachs International (os Underwriters), ao abrigo de um Contrato de Underwriting”, lê-se no prospecto.
16 Julho 2020, 23h36

A EDP publicou na CMVM o prospeto do aumento de capital destinado a financiar a compra de ativos da espanhola Viesgo. A empresa liderada agora por Miguel Stilwell d’ Andrade anunciou um aumento de capital de 1.000 milhões. Ora este aumento de capital tem tomada firme de um sindicato de bancos. O BCP, o J.P. Morgan e o Morgan Stanley garantem cada um 20% da operação. Já o BNP Paribas, o Bank of America e o Goldman Sachs International garantem cada um 13,33%.

O prospeto diz que “a emissão de direitos correspondente a um máximo de 309.143.297 novas ações é dirigida exclusivamente a acionistas da emitente que, em virtude de deterem acções representativas do capital social da Emitente, detenham Direitos de Subscrição das Novas Acções e investidores que adquiram Direitos de Subscrição”.

Mas, “as novas ações que não tenham sido subscritas no âmbito da Emissão de Direitos podem ainda ser subscritas pelo Banco Comercial Português, J.P. Morgan Securities plc, Morgan Stanley & Co. International plc, BNP Paribas, BofA Securities Europe SA ou Goldman Sachs International (os Underwriters), ao abrigo de um Contrato de Underwriting”.

O preço de subscrição por nova ação da EDP, nos termos da Emissão de Direitos, é de 3,30 euros por ação (Preço de Subscrição), estimando-se que o montante total da oferta das novas ações seja de 1.020.172.880,10 euros [1.020 milhões de euros], tendo em conta o referido Preço de Subscrição”.

A eficácia da Oferta não está sujeita a condições, revela o prospeto.

A EDP anunciou hoje, em comunicado à CMVM, que chegou a acordo para comprar ativos da espanhola Viesgo por 2 mil milhões de euros e que para financiar a operação vai avançar com um aumento de capital de mil milhões de euros.

Esta operação representa para a EDP um investimento líquido de 900 milhões de euros, sendo que a empresa nacional vai também assumir a dívida de 1,1 mil milhões da companhia espanhola. Desta forma a operação tem um valor de 2 mil milhões de euros. Acresce o investimento de 700 milhões de euros da MIRA, pelo que operação tem um valor de 2,7 mil milhões de euros.

“Após a conclusão da transação, a EDP consolidará integralmente a Viesgo e terá representação maioritária no conselho de administração, com direito a nomear o Chairman, o CEO e o CFO”, refere o comunicado da EDP.

“Os resultados líquidos da oferta serão apuráveis somente após o anúncio dos resultados da oferta. Havendo subscrição integral e correspondendo o preço de subscrição a 3,30 euros, estima-se que a um montante total de entradas em dinheiro de aproximadamente 1.020.172.880,10 euros corresponda um valor líquido de receitas da oferta de aproximadamente 997 milhões de euros, deduzidas todas as despesas associadas”, explica o prospecto.

As despesas da oferta pública de subscrição das ações incluem as comissões devidas aos underwriters (bancos que garantem a colocação de todas as ações), bem como custos com outros consultores e com a admissão à negociação das novas acções, num montante (bruto) estimado de 23 milhões de euros.

A EDP revela no prospeto que não cobrará quaisquer custos aos investidores pela participação na operação.

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