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BCP lança crédito à habitação com “spread” zero até final de 2024

O banco liderado por Miguel Maya está a oferecer um “spread” de 0% até ao final do próximo ano nos créditos à habitação contratados até 30 de setembro de 2023.
Cristina Bernardo/JE
21 Junho 2023, 12h40

A “guerra de spreads” intensifica-se entre os bancos nacionais, com o sector a tentar combater a quebra na procura por empréstimos. O BCP lançou uma nova campanha de crédito à habitação através da qual oferece um “spread” de 0% até ao final de 2024.

“Até 31 de dezembro de 2024, o Millennium não cobra o valor dos juros correspondentes ao spread contratado em novos créditos até 30 de setembro de 2023 e desde que contratados com vendas associadas facultativas e com conta à ordem no Millennium”, de acordo com o site do banco liderado por Miguel Maya.

Para terem acesso a esta oferta, que é disponibilizada na compra de casa, obras e transferência de crédito, os clientes terão de domiciliar o ordenado numa conta à ordem no BCP e ter dois débitos diretos mensais, além de seguro multirriscos habitação comercializado pela Ageas Portugal sob a marca Ocidental e seguro vida associado ao crédito na Ocidental Vidas.

A nova campanha é válida independentemente da taxa contratada. Na taxa variável, “até ao final de 2024, a prestação que pagar terá a dedução do juro correspondente ao spread contratado”, enquanto no crédito a taxa mista  a “prestação que pagar terá a dedução do juro correspondente ao spread contratado para o período de taxa variável”. No caso da taxa fixa, a “prestação que pagar terá a dedução do juro correspondente a uma taxa de 0,85%”, indica.

Têm sido vários os bancos a reduzir o “spread” no crédito para a compra de casa numa tentativa de atrair mais clientes. O Santander Portugal, por exemplo, anunciou em abril uma taxa promocional de 0,5% durante os dois primeiros anos do contrato da casa.

Estes passos estão a ser dados numa altura em que os dados mostram uma quebra na procura por crédito perante a subida das taxas de juro, tanto do lado das famílias como das empresas. De acordo com o último inquérito à banca sobre o mercado de crédito, o Banco de Portugal indica que o “nível geral das taxas de juro contribuiu fortemente para reduzir a procura de empréstimos à habitação”, numa tendência que deverá manter-se até ao final do ano.

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