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BCP lança MWallet para apanhar o comboio dos pagamentos digitais

“Esqueceu-se do cartão? Pague com a MWallet!”, é o slogan do BCP que está assim a dar corpo ao plano estratégico de Miguel Maya, e que passa por “colocar o mobile no dia-a-dia dos clientes”.
11 Novembro 2018, 17h43

“Esqueceu-se do cartão? Pague com a MWallet!”, é o slogan do BCP, que, através da newsletter, está a desafiar os clientes a descarregar a App Millennium para fazer os pagamentos. Desta forma o banco liderado por Miguel Maya posiciona-se para tomar a dianteira no sistema de pagamentos digitais que todos os especialistas reconhecem ser o grande desafio dos bancos, sobretudo devido à esperada concorrência dos operadores das grandes plataformas digitais, os designados GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple).

“Pague ou levante dinheiro só com a App Millennium, sem cartões, sem complicações. Faça transferências na MWallet”, anuncia o BCP.

Recorde-se que o Plano Estratégico do banco, sob a batuta de Miguel Maya, é plano em que o mobile é o centro da estratégia do BCP. “Colocar o mobile no dia-a-dia dos clientes” é um desígnio do CEO do BCP. Portanto o MWallet é já a concretização desta estratégia.

Segundo o banco, “basta inserir o número de telefone do destinatário e já está!”

“Controle todos os seus cartões. Agora pode ativar ou desativar pagamentos contactless ou compras online, entre outras opções”, informa o BCP.

“Tenha todos os seus cartões de desconto na MWallet, é rápido e fica com a carteira mais leve”, anuncia ainda o banco.

Começam a surgir novos métodos de pagamento digitais alternativos no setor financeiro.

Apesar da predominância, em Portugal, do Multibanco como método de pagamento de eleição, algo único a nível mundial, o futuro passa por novos formatos de pagamento digitais, e alguns dos quais já estão disponíveis.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos Faria de Oliveira disse, recentemente, que “a inovação tecnológica está a facilitar o aparecimento de novos atores no mercado de serviços financeiros e as instituições financeiras incumbentes, quer por via das novas necessidades dos clientes e das oportunidades que a tecnologia oferece, quer pela pressão concorrencial dos novos players, estão a mudar e a adaptar os seus modelos de negócio”.

“O setor bancário, ele próprio uma fintech, está na linha da frente da inovação, que acolhe com grande entusiasmo e interesse”, referiu o presidente da Associação do setor bancário.

“A grande ameaça ao negócio bancário surge, não das  startups FinTech – onde o caminho tem sido, acima de tudo, o da cooperação -, mas dos operadores das grandes plataformas digitais, os designados GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple), todos eles entidades não europeias”, disse Faria de Oliveira.

Faria de Oliveira referia-se à entrada da Amazon (Amazon payments), da Apple, do Facebook (Login and pay via profile) e do Google (Google wallet) no mercado dos pagamentos.

“Estas entidades possuem muita informação sobre os clientes, o que lhes permite oferecer produtos e serviços “tailormade”, de uma forma que, no limite, exclui os restantes operadores, incluindo os prestadores de serviços financeiros incumbentes”, disse o presidente da APB.

 

 

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