O BCP cai mais de 3% no meio da sessão desta segunda-feira e a bolsa de Lisboa acompanha as perdas das restantes congéneres europeias, na medida em que o índice PSI está a recuar 0,70%, até aos 6.773 pontos.
O único banco cotado no índice de referência desvaloriza 3,65%, até aos 0,5336 euros por ação. Ao mesmo tempo, a Mota-Engil recua 2,66% e fica-se pelos 3,144 euros, ao mesmo tempo que os CTT derrapam 0,86%, até aos 6,94 euros.
O grupo EDP contraria o sentimento geral, já que os títulos da EDP Renováveis se adiantam 1,28% para 8,34 euros, enquanto a EDP ganha 1,00%, até aos 3,144 euros. A Sonae soma 0,79% e alcança os 1,02 euros.
Entre os mais importantes índices europeus, o alemão cai 1%, ao passo que o espanhol está a perder 0,87%. Seguem-se descidas em torno de 0,46% em Itália, França e Reino Unido, ao mesmo tempo que o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapa 0,81%.
Nos futuros o Brent sobe 0,44% para os 70,67 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude sobe 0,46%, até aos 67,35 dólares. No mercado cambial, o euro continua a ganhar força face ao dólar, ao avançar 0,18% de tal modo que um euro equivale agora a 1,0851 dólares.
“As bolsas europeias ainda iniciaram esta segunda-feira em alta, mas rapidamente inverteram o sentimento e negoceiam agora em queda”, de acordo com a análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“A incerteza económica global está a marcar a atualidade, perante a falta de visibilidade sobre o real impacto das tarifas que Donald Trump pretende impor às importações. Os índices de ações norte-americanos têm sido os mais afetados, uma vez que os investidores receiam que estas taxas adicionais gerem pressão interna na inflação dos EUA e crie um dilema à Fed no seu caminho de corte de juros”, apontam os analistas.
Em simultâneo, “o aumento de volatilidade em Wall Street, onde o Nasdaq 100 testa um importante suporte psicológico dos 20 mil pontos, está a transbordar para este lado do Atlântico”, pode ler-se.
“No seio empresarial, as empresas ligadas à indústria de semicondutores são pressionadas depois da TSMC ter reportado receitas dos primeiros dois meses do atual trimestre, que exigem uma aceleração no último mês para que o crescimento trimestral consiga chegar ao previsto. Alstom, Air France e Siemens eram condicionadas por downgrades“, acrescenta-se na mesma análise.
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