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BCP traz Bolsa de Lisboa para terreno positivo. Europa fecha no verde

A bolsa de Lisboa fechou no verde, apesar de ter sido a que subiu menos na Europa. O banco liderado por Miguel Maya subiu 1,98% para 0,1962 euros. O BCP beneficiou da onda positiva que assolou os bancos nos EUA que inauguraram hoje a earnings season do 3.º trimestre
15 Outubro 2019, 17h49

As principais praças europeias fecharam no verde e Lisboa não foi exceção. Aliás a única exceção foi Londres que viu o seu FTSE 100 cair ligeiramente, -0,03% para 7.211,6 pontos. O negociador da União Europeia para o Brexit disse ser possível chegar a um acordo ainda esta semana, o que está a fazer apreciar fortemente a libra.

O índice PSI-20 encerrou a sessão bolsista desta terça-feira, 15 de outubro, a subir 0,31% para 4.990,44 pontos, com 10 cotadas em alta, sete em queda e uma inalterada.

O BCP foi a cotada estrela do índice. O banco liderado por Miguel Maya subiu 1,98% para 0,1962 euros. O BCP beneficiou da onda positiva que assolou os bancos nos Estados Unidos que inauguraram a earnings season do 3.º trimestre, nomeadamente o JP Morgan e o Citigroup que apresentaram números acima do esperado pelos analistas, ao passo que o Goldman Sachs e o Wells Fargo ficaram aquém das expectativas.

Destaque ainda para a subida de 2,18% para 1,920 euros da construtora Mota-Engil.

Ainda em destaque esteve a Sonae que fechou a sessão a valorizar 1,52% para 0,9015 euros. Ainda no retalho, a Jerónimo Martins avançou 0,30% para 15,025 euros.

Em alta também fechou o setor do papel. A Navigator subiu 0,74% para 3,280 euros, a Altri ganhou 0,47% para 5,39 euros e a Semapa valorizou 0,49% para 12,40 euros.

A Galp Energia avançou 0,63% para 13,65 euros e a EDP fechou a ganhar 0,22% para 3,587 euros. Ao contrário a EDP Renováveis (-0,41% para 9,81 euros) e a REN (-0,38% para 2,61 euros) fecharam em queda.

A liderar as quedas esteve a Ibersol que fechou a perder 3,81% para 7,58 euros. Destaque também para as descidas da NOS (-1,05% para 5,205 euros) e da Corticeira Amorim (-1,03% para 9,640 euros).

“Algum otimismo sobre o Brexit animou os investidores, que já olham para o arranque da earnings season do 3.ºtrimestre nos EUA, com JPMorgan, Goldman Sachs, Citigroup e Wells Fargo a mostrarem contas antes da abertura de Wall Street”, escreveu o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

Olhando para os movimentos empresariais, destaca-se o tombo de mais de 12% da Wirecard após novo report do Financial Times sobre alegadas ilegalidades contabilísticas.

No plano europeu o EuroStoxx 50 subiu 1,19% para 3.598,65 pontos; o CAC 40 avançou 1,04% para 5.702,05 pontos; o DAX subiu 1,15% para 12.629,8 pontos; o FTSE MIB disparou 1,21% para 22.365,3 pontos e o IBEX ganha 1,19% para 9.356,1 pontos.

Os analistas apontam para a proximidade de um acordo de princípio entre a União Europeia e o Reino Unido quanto aos termos jurídicos do Brexit e também os progressos no acordo comercial parcial entre os Estados Unidos e a China.
A Bloomberg noticiou que a UE e o Reino Unido estão próximos de um acordo, que será posteriormente submetido ao Parlamento Britânico.

As perspetivas macroeconómicas foram hoje atualizadas no World Economic Outlook por parte do FMI.

O FMI revê em alta as previsões de crescimento real do PIB da economia portuguesa para 2019, de 1,7% para 1,9% e para 2020, de 1,5% para 1,6%.

O FMI diz que a economia alemã deverá crescer apenas 0,50% em 2019, ficando com a segunda pior taxa de toda a União Europeia. O Reino Unido deverá crescer 1,20% em 2019 e 1,40% em 2020, muito semelhantes aos de França (1,20% e 1,30%, respetivamente).

O FMI prevê, ainda, um crescimento real do PIB mundial de 3,0% em 2019 e 3,4% em 2020 (valores revistos em baixa em 0,2 p.p. e 0,1 p.p. face ao update de julho). As economias desenvolvidas deverão crescer 1,7% em 2019 e em 2020 (valor de 2019 revisto em baixa em 0,2 p.p. em comparação com o update de julho) e a zona euro deverá crescer 1,2% e 1,4%, em 2019 e 2020, respetivamente (valor de 2019 revisto em baixa em 0,1 p.p. e valor de 2020 revisto em baixa em 0,2 p.p. em comparação com o update de julho).

O crescimento previsto pelo FMI para os países emergentes é de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020 (valores revistos em baixa em 0,2 p.p. e 0,1 p.p. face ao update de julho).

Outros dados macroeconómicos de hoje são da OCDE. A taxa de emprego no conjunto dos países da OCDE manteve-se em 68,7% no 2º trimestre de 2019, face ao trimestre anterior. Na zona euro a taxa de emprego aumentou 0,1 p.p. para 67,9% e em Portugal aumentou 0,1 p.p. para 70,2%. Comparando com o 2º trimestre do ano anterior, a taxa de emprego aumentou 0,7 p.p. na zona euro e 0,6 p.p. em Portugal.

No 2º trimestre de 2019, a taxa de emprego jovem (15-24 anos) da OCDE aumentou 0,1 p.p., para 42,3%. Em Portugal, a taxa de emprego jovem é de 27,6% (28,7% no 1ºT de 2019).

Face aos dados disponíveis, os maiores aumentos trimestrais da taxa de emprego na zona euro ocorreram na Bélgica (0,9 p.p. para 65,6%), Grécia (0,6 p.p. para 56,5%) e Luxemburgo (0,8 p.p. para 68,5%). As diminuições ocorreram na Irlanda (-0,4 p.p. para 69,2%) e Eslováquia (-0,3 p.p. para 68,2%).

A dívida soberana a 10 anos na Alemanha agrava 4 pontos base para uma yield de-0,417%. A portuguesa também sobe, mas 0,3 pontos base para 0,204% e Espanha ainda agrava mais, 0,9 pontos base para 0,236%. Itália é dos países periféricos a que vê a dívida soberana cair mais, 1,6 pontos base para 0,941%.

O petróleo cai em Londres 0,05% para 59,32 dólares o barril e o euro cai 0,06% para 1,102 dólares.

 

 

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