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BdP alerta para risco de concentrar infraestruturas tecnológicas

“O setor financeiro depende de cada vez mais de um número limitado de prestadores de serviços, ‘cloud computing’ e plataformas de Inteligência Artificial (IA)”, sinalizou, dependência que “cria pontos de vulnerabilidade sistémica”.
O Governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, discursa durante a aula aberta sobre literacia financeira para alunos da Escola Secundária de Avelar Brotero no âmbito do Dia da Poupança, Coimbra, 31 de outubro de 2025. A sessão integra a iniciativa “Educar para a Cidadania: Poupar, um Compromisso com o Futuro”, promovida pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação em parceria com o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e a Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões. PAULO NOVAIS/LUSA
18 Novembro 2025, 22h49

O governador do Banco de Portugal (BdP), Álvaro Santos Pereira, alertou hoje para os riscos de concentração de infraestruturas tecnológicas, que cria “pontos de vulnerabilidade sistémica”.

Álvaro Santos Pereira disse, na intervenção de abertura na 8.ª edição do Grande Encontro Banca do Futuro, organizada pelo Jornal de Negócios, que a fragmentação da cadeia de valor bancária traz riscos e que, paradoxalmente, “coexiste com uma concentração de infraestruturas tecnológicas”.

“O setor financeiro depende de cada vez mais de um número limitado de prestadores de serviços, ‘cloud computing’ e plataformas de Inteligência Artificial (IA)”, sinalizou, dependência que “cria pontos de vulnerabilidade sistémica”.

Santos Pereira alertou assim que uma só falha nestes prestadores de serviços “pode paralisar várias instituições financeiras”.

O governador sinalizou, também, que já têm sido elaborados regulamentos nos últimos tempos que “procuram mitigar” estes riscos.

Nesta intervenção, o responsável falou ainda sobre o papel da IA, apontando que esta “permite aprofundar modelos de risco, o atendimento e aconselhamento aos clientes, a recomendação de produtos ou serviços e até mecanismos de deteção de fraude”.

No entanto, defendeu que são necessários “modelos de governação seguros, transparentes e eficazes” para lidar com a IA.


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