O Banco de Portugal (BdP) está mais pessimista do que o Governo e projecta que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,7% no próximo ano. Apesar de ver a economia a crescer mais uma décima do que em junho, fica abaixo da meta de 1,9% inscrita pelo Executivo no Orçamento do Estado para 2020.
O organismo presidido por Carlos Costa explica, no Boletim Económico, divulgado esta terça-feira, que a revisão da projeção para o crescimento do PIB para o próximo ano face ao relatório anterior “decorre de um maior crescimento do consumo privado e público”.
Para 2019, mantém a perspetiva de um crescimento da economia de 2%, do relatório de outubro.
“As atuais projeções para a economia portuguesa apontam para uma trajetória de desaceleração da atividade económica ao longo do horizonte de projeção, de um crescimento de 2,4% em 2018 para 1,6% em 2022, o que se traduz numa convergência para um ritmo de crescimento próximo do potencial”, refere o relatório.
O BdP antecipa que o crescimento em Portugal deverá manter um diferencial positivo face ao da zona euro entre 2019 e 2022. “Em parte, a redução deste diferencial reflete a recuperação do crescimento na área do euro no final do horizonte de projeção, em resultado de uma aceleração das exportações em 2021-22”.
Segundo as projeções do BdP, o saldo da balança corrente e de capital “mantém-se, em média, excedentário no período de projeção, aumentando em 2020-21 em reflexo do perfil de transferências das instituições europeias e reduzindo-se no final do horizonte com a dissipação parcial destes efeitos.
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