O Bloco de Esquerda (BE) apelou esta quarta-feira ao Governo que “não poupe” em meios para apoiar as “vítimas da crise” e reforçar o combate à pandemia. Sem revelar como irá votar a renovação do estado de emergência, a coordenadora do BE, Catarina Martins, lembra que é preciso dar cobertura legal às medidas restritivas, mas alerta que as restrições não têm sido acompanhadas pelos devidos apoios económicos e sociais.
“É importante que o Governo não poupe à conta das vítimas da crise e do próprio combate à pandemia. É essencial que os serviços públicos tenham os meios de que necessitam e que as pessoas que perderam os seus rendimentos com a crise tenham o apoio de que necessitam”, referiu Catarina Martins, após um encontro com o Presidente da República (por videoconferência) sobre a renovação do estado de emergência.
A líder bloquista afirmou que vai esperar até conhecer o decreto presidencial, que será discutido e votado esta quinta-feira na Assembleia da República, antes de anunciar o sentido de voto do BE, mas assegura que se houver algum tipo de restrições que considerem “inaceitáveis” não irá viabilizar o documento. Revelou ainda que, para o partido, há dois “critérios em que o voto continuará a ser decidido”.
“Consideramos que sempre que é preciso medidas restritivas para evitar os contágios, elas têm de ser decretadas por estado de emergência. (…) Por outro lado, também temos dito, desde a segunda vaga da pandemia, que o Governo não tem acompanhado as medidas restritivas das necessárias medidas de apoio à economia, de apoio social, reforço dos serviços públicos e até de prevenção de novas vagas pandémicas”, explicou.
A líder bloquista sublinhou ainda que, no que toca aos apoios económicos e sociais necessários às famílias e empresas nesta fase da pandemia, será discutido na próxima semana no Parlamento o alargamento do subsídio de desemprego e da licença para os pais em teletrabalho poderem acompanhar os filhos, bem como o fim dos cortes no salários dos pais e mães que têm de ficar em casa a tomar conta dos filhos.
O atual período de estado de emergência termina às 23h59 do próximo domingo, dia 14 de fevereiro, e foi aprovado no Parlamento com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN, abstenção do BE e votos contra de PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal. O novo estado de emergência deverá vigorar até ao final de fevereiro.
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