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BEI e Allianz GI lançam fundo de ação climática de 500 milhões de euros para países emergentes

O novo fundo tem uma dimensão-objetivo de 500 milhões de euros e os critérios de investimento baseiam-se na taxonomia da União Europeia para atividades sustentáveis.
8 Novembro 2021, 17h50

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Allianz Global Investors (AllianzGI) lançaram esta segunda-feira numa parceria público-privada o fundo Emerging Market Climate Action Fund (EMCAF), com uma dimensão-objetivo de 500 milhões de euros.

A parceria público-privada conta com os governos da Alemanha e do Luxemburgo, o Fundo Nórdico de Desenvolvimento, a Allianz, a Folksam e o BEI como investidores principais, sendo o fundo destinado a África, Ásia, América Latina e Próximo Oriente, visando projetos e fundos de investimento centrados no clima, estando o seu foco na mitigação e na adaptação ao clima e no acesso à eletricidade.

“O EMCAF investe em fundos de investimento especializados, que podem apoiar projetos como parques eólicos onshore e fábricas solares fotovoltaicas ou pequenas e médias fábricas hidroelétricas. Pode também apoiar projetos de eficiência energética em habitações ou na indústria, ou projetos que tragam benefícios ambientais ou de eficiência de recursos”, assinala a Allianz GI e o BEI, em comunicado.

O fundo pode ainda financiar projetos que apoiem as cidades e os seus sistemas de transporte público, para se tornarem mais resilientes às inundações ou ao calor.

O novo fundo tem uma dimensão-objetivo de 500 milhões de euros.O fundo no valor de 500 milhões de euros é constituído por 50 milhões de euros do BEI, até 200 milhões de euros das empresas do Grupo Allianz e 150 milhões de euros do Grupo Folksam. Já o BMU comprometeu-se com 25 milhões de euros, a NDF e o Governo do Luxemburgo com 15 milhões de euros cada. “O BEI gere o investimento de 15 milhões de euros na tranche secundária financiada pelo Governo do Luxemburgo através da Plataforma de Financiamento Climático Luxemburgo-BEI”, detalha.

“Enquanto banco climático da UE, temos uma longa experiência com instrumentos financeiros inovadores que mobilizam o capital privado em grande escala. Estou muito satisfeito por anunciarmos este novo marco com o Grupo Allianz. Isto envia um sinal importante à conferência COP26 sobre o poder das parcerias público-privadas para preencher as lacunas do financiamento climático”, disse Ambroise Fayolle, vice-presidente do BEI, citado em comunicado.

Tobias Pross, CEO da AllianzGI realçou que “nos países em desenvolvimento, acredita-se que a pandemia tenha ampliado o deficit de financiamento existente necessário para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030”, pelo que “muitos investidores estão cada vez mais conscientes do papel que o seu capital pode e deve desempenhar para abordar estes desequilíbrios. O investimento de impacto pode ajudar a combinar os dois objetivos de “fazer o bem” e “obter um rendimento” num único investimento”.

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