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Belize é o mais recente dos 174 mercados do calçado português

Portugal vende 90% da produção de calçado para 174 países, sendo Alemanha, França e Países Baixos os mercados de referência, e o Belize o último carimbo no passaporte das exportações nacionais do sector.
15 Setembro 2024, 11h01

Com 81 milhões de pares de calçado fabricados em 2023, Portugal exportou 66 milhões exportados, no valor de 1.839 milhões de euros, para 174 países. O Belize é o mercado mais recente do calçado nacional.

A Europa representa 80% das vendas externas, com destaque para os mercados da Alemanha, França e Países Baixos, de acordo com dados avançados pela Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).

Para os Estados Unidos, Portugal exportou no último ano 101 milhões de euros de calçado, sendo este o mercado onde o sector tem registado melhores indicadores no passado recente, com um crescimento de 274% na última década.

Anualmente, o sector do calçado contribui com um valor superior a 1.100 milhões de euros para a balança comercial portuguesa.

De acordo com dados do Word Footwear Yearbook, o preço médio do calçado português situou-se nos 27,70 euros no final de 2023, o segundo mais elevado à escala internacional a seguir ao italiano, que atingiu os 66,60 dólares.

O calçado de couro é o nicho em que se especializou a indústria nacional, representando atualmente 87% das vendas do sector ao exterior e surgindo Portugal como o 10.º exportador mundial neste segmento.

O “serviço de excelência”, a “qualidade produtiva” e a “capacidade de resposta” são os principais argumentos competitivos que a APICCAPS atribui à indústria nacional, que cresceu 8% na última década e foi “o único país europeu a reforçar a produção”.

Já a Itália, o maior concorrente do calçado português, registou uma quebra de 26,7% desde 2013 na produção, para um total de 148 milhões de pares produzidos no último ano.

No âmbito do plano estratégico que traçou para a próxima década, o ‘cluster’ português do calçado assume como desafio ser uma “referência internacional no desenvolvimento de soluções sustentáveis”, prevendo, para isso, investir 600 milhões de euros até 2030.

Atualmente estão já em curso dois grandes investimentos: Um de 80 milhões de euros, no domínio da sustentabilidade (projeto Bioshoes4all), e um outro de 60 milhões de euros, nas áreas da automação e digitalização (projeto FAIST).

Segundo os últimos dados disponíveis, o ‘cluster’ português do calçado é constituído por 1.577 empresas, 1.171 das quais de calçado, assegurando 42.576 postos de trabalho, dos quais 33.057 no sector do calçado.

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