O talento dos recursos, a inovação tecnológica deve ser o foco das empresas para a recuperação económica mundial, enquanto forças externas”, de acordo com os 3.000 presidentes executivos (CEO) inquiridos para o estudo da IBM ‘CEO Study 2021″. Mas “a maior prioridade” para os CEO é o bem-estar dos trabalhadores, a fim de garantir melhores desempenhos nos próximos anos.
Gerir o bem-estar dos trabalhadores é a prioridade, mas também “um dos principais desafios” para os próximos anos. Para os CEO a questão passará pela adaptação dos recursos humanos a um local de trabalho cada vez mais híbrido – entre o trabalho no escritório e o trabalho remoto, dá nota a empresa no comunicado que acompanha o estudo.
Mas vamos aos números: 77% dos gestores máximos de empresas de melhor desempenho querem dar prioridade o bem-estar dos colaboradores, mesmo que isso afete a rentabilidade da empresa a curto prazo; já 39% dos CEO de empresas de menor desempenho não colocam o bem-estar dos trabalhadores como a maior prioridade, “o que reflete que os líderes das organizações de topo estão neste momento fortemente focados nos seus colaboradores”.
“Para muitos dos CEO entrevistados, [um dos principais desafios] será gerir uma força de trabalho que está em qualquer lugar – dispersa e remota”, dá conta o estudo. Isto, ao mesmo tempo que “os CEO de organizações com melhor desempenho (outperforming) entrevistados, os que estavam nos 20% com maior crescimento de receita, estão agora a dar prioridade ao talento, à tecnologia e a parcerias para posicionar as suas empresas no caminho do sucesso no pós-covid-19″, lê-se.
No estudo da IBM, a maioria dos CEO referiu que capacitar a força de trabalho remota era a sua principal prioridade. E metade dos CEO de empresas com melhor desempenho reforça que gerir uma força de trabalho dispersa será um desafio da liderança de topo durante os próximos anos.
Como a análise da IBM concluiu que o bem-estar dos trabalhadores será uma prioridade para os gestores de topo, a tecnológica recomenta que os líderes empresariais “considerem cuidadosamente o desafio a longo prazo de um ambiente de trabalho híbrido, o qual pode incluir a disponibilização aos empregados de ferramentas digitais de colaboração preparadas para cloud ou cloud-enabled, a prevenção do burnout dos funcionários ou o sustentar e reforçar da cultura da empresa com foco na diversidade e inclusão”.
A recomendação da IBM surge para travar os efeitos de um “atrito Voluntário”. Isto é, segundo a IBM, um em cada quatro pessoas pensa em mudar de emprego já em 2021, considerando a “necessidade de um horário ou local de trabalho mais flexível como uma das principais razões para esta decisão”.
“Forças externas” impulsionam importância das parcerias
Acresce ao bem-estar dos trabalhadores a noção de que o talento dos recursos e a inovação tecnológica serão determinantes para o futuro dos negócios, “na sequência das enormes disrupções de 2020”. Do ponto de vista tecnológico, os CEO consideram que a cloud, a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial são as tecnologias que mais vão condicionar as empresas.
Nesse sentido, e tendo em conta que “os CEO de empresas de melhor desempenho consideram que as bases tecnológicas” já eram um dos principais desafios antes, o que levou 63% desses gestores a afirmarem que o foco para “impulsionar o desempenhos dos negócios” passará pela aposta em parcerias.
“A tese da IBM é que os CEO das empresas de melhor desempenho estão a focar-se no que sabem fazer melhor e a confiar em parceiros e ecossistemas para terem acesso a novas ideias e a oportunidades de inovação”, lê-se.
Além disso, a IBM observa que à medida que muitos líderes veem cada vez mais como as suas organizações podem ajudar a resolver questões globais interligadas, como as alterações climáticas, os ecossistemas podem desempenhar um papel fundamental na condução de mudanças duradouras”.
E como é que se prepara, então, o sucesso futuro das organizações? A IBM sugere a adoção de plataformas tecnológicas “flexíveis e escaláveis com uma cloud híbrida aberta”, bem como recomenda o investimento no “bem-estar holístico das suas pessoas, e estabelecer parcerias para vencer com uma abordagem de inovação aberta”.
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