No início da pandemia, em Lisboa, viam-se cartazes um pouco por todo o lado dizendo “Vamos todos ficar bem”. No fundo, no fundo, ninguém queria acreditar que o problema se iria prolongar no tempo. Por isso, tornou-se um mantra e à boleia dele tomámos um desejo pela realidade. Pode dizer-se que, de alguma forma, até cumpriu a sua função: o facto de sentirmos que estávamos todos no mesmo barco e que tudo iria terminar em bem ajudou, sem dúvida, a contrabalançar a ansiedade coletiva.
Em junho de 2021, volvido mais de um ano desta crise pandémica, sabemos que o “ficar tudo bem” não tem correspondência na realidade dos números. Organizações nacionais e internacionais alertam para o impacto devastador da pandemia na saúde mental. As Nações Unidas reforçam esse alerta dizendo que é urgente afetar “recursos para valorizar a saúde mental e lutar contra o estigma a que as perturbações mentais estão associadas”.
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