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Benefícios da transição digital devem ser “distribuídos de forma justa”, diz ministra da Modernização

Sublinhando a importância de uma abordagem de inclusão e acessibilidade da tecnologia, Margarida Balseiro Lopes alertou, no início do 33.º Digital Business Congress da APDC, para uma “distribuição justa” dos benefícios da transição digital.
Cristina Bernardo
14 Maio 2024, 13h09

Portugal não pode “desperdiçar a oportunidade única que a revolução tecnológica oferece”, afirmou a nova ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, no início do 33.º Digital Business Congress da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que decorre entre hoje e amanhã em Lisboa.

“A transição digital representa uma enorme oportunidade. Estamos a testemunhar uma transformação sem precedentes na forma como interagimos com a tecnologia e com o mundo à nossa volta. Novas formas de trabalhar, de aprender, de comunicar e, sobretudo, de viver. Este cenário oferece um terreno fértil para a inovação, para o crescimento económico e para uma melhoria substancial da qualidade de vida”, defendeu a governante.

Sublinhando a importância de abordagem de inclusão e acessibilidade da tecnologia, Margarida Balseiro Lopes alertou, também, para a necessidade de se assegurar uma “distribuição justa” dos benefícios da transição digital.

“À medida que avançamos para um futuro cada vez mais tecnológico, temos a responsabilidade de garantir que os benefícios da transição digital são distribuídos de forma justa. É nossa obrigação construir um futuro digital inclusivo e acessível a todas e a todos, onde cada ser humano possa desfrutar das oportunidades proporcionadas pela tecnologia”, explicou.

Nas palavras da ministra, a União Europeia (UE) tem “liderado por exemplo, investindo na criação de um ecossistema de estratégias políticas transversais para reforçar a competitividade e soberania digital do continente europeu”.

Destacando o “compromisso comum” dos 27 estados-membros com o reconhecimento da tecnologia como instrumento para o desenvolvimento e coesão social, a líder da pasta da Modernização pronunciou-se sobre a agenda do Executivo que integra deste o início de abril.

“O compromisso deste Governo é claro: definir e implementar uma estratégia nacional para o digital com objetivos bem definidos, metas quantitativas e um plano de ação que concretize o sucesso da transição digital até 2030”.

Nas palavras da ministra, “o primeiro passo neste sentido foi dado com a promoção da Modernização e da Digitalização a Ministério”, naquele que é um reconhecimento das áreas “como fundamentais para o futuro do país”.

“A UE tem demonstrado um compromisso firme e inabalável com a promoção do mercado único digital e com a capacitação de cidadãos e empresas para enfrentar os novos desafios”, aludindo aos compromissos do espaço comunitário para a década digital”, que refletem os valores fundamentais para a UE, colocando as pessoas no centro do processo de transformação digital”.

Sobre a APDC, Balseiro Lopes destacou o papel da associação nos últimos 40 anos. “Assistimos a um progresso notável das tecnologias de informação e com, fortemente impulsionado pelo trabalho da APDC, digitalização das centrais telefónicas, a instalação do primeiro cabo ótico intercontinental, a liberalização do sector das comunicações, o aparecimento do primeiro canal primário de televisão, o início da internet, da TV por cabo, e da lei das comunicações eletrónicas, a aposta das redes de nova geração”.

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